De 16 a 19 de Agosto de 2005 «Año de la Alternativa Bolivariana para las Américas» - La Habana.1. Um dos mais carismáticos lideres mundiais;A figura de Fidel Castro permite que seja amada ou odiada. Do meu ponto de vista indiferença é uma palavra inatingível. Daí o título que usei para este ponto.
O significado da imagem anterior é imenso, e é fácil percebermo-lo se lermos o seguinte extracto, referente à chegada a Havana do Comandante en Jefe após se consumar a vitória da Revolução a qual ainda não se tinha indentificado politicamente:
«A chegada a havana, a 8 de Janeiro, foi uma apoteose. Nessa mesma noite, no acampamento da Columbia, escolhhido a dedo porque as forças da tirania o haviam declarado inviolável, Castro faz o seu primeiro grande discurso ao povo de Cuba. Inaugura, com a voz aguda, o que constituirá a cerimónia ritual do seu diálogo com o público: um longo monólogo interrompido de vez em quando por perguntas que provocam respostas induzidas.
“Oralidade quente que atinge as tripas e o coração, transformando um auditório em comunidade viva”, segundo o diagnóstico de Régis Debray.» […]
«Surge então a marca favorável ao destino. Os projectores captam no raios uma largada de pombas brancas. Duas delas vêm pousar nos ombros do orador. Mágico!
“Fidel! Fidel!”, gritam trezentas ou quatrocentas mil gargantas. É o delírio. Num país de maioria negra, marcado pela Santeria, crenças espiritualistas africanas datando do tempo da escravatura, e pela influência cristã, essas pombas brancas da paz santificam simultaneamente Castro e a Revolução.» [
fonte, livro de Pierre Kalfon, CHE – Ernesto Guevara, uma lenda do século, 1997] Uma perspectiva que experimenta uma visão divina em relação a um sistema político céptico quanto à religião.
2. Um dos locais mais emblemáticos de Cuba – A Praça da Revolução, onde um dos mais carismáticos lideres mundiais discursa, e onde se encontram a grande maioria dos ministérios;
3. Gente que deambulou pela Sierra Maestra, no final da década 50. Gente que fazem parte da HISTÓRIA DA HUMANIDADE;
4. EmigraçãoA emigração é das matérias mais delicadas no que diz respeito à Republica de Cuba e a todos os países que a dada altura da sua história optaram por seguir a via Marxista-Leninista. Tendo Cuba desde cedo
tomado o rumo Socialista, tocou de imediato com os interesses das comunidades abastadas ou sujeitas a privilégios. Assim se radicalizaram alguns sectores da população. Estes preferiram transferir-se para os Estados Unidos para salvar as suas riquezas, e a própria pele das contas a prestar com a justiça.
Os principais êxodos foram:
- Logo após a Revolução;
- 1964 – 1969;
- 1979 – 1981;
- 1987 até hoje com principal incidência em 1993.
Estes fluxos migratórios não têm todos os mesmos motivos:
- O primeiro fluxo tem haver com o vínculo que estes sujeitos tinham com a ditadura de Fulgencio Baptista;
- O fluxo relativo à década de 60 tem haver com o impacto das primeiras leis revolucionárias de carácter económico. Esta corrente emigratória também é influenciada por algumas posições e critérios políticos;
- O da década de 70, tem um forte carácter económico e alguns vestígios políticos;
- Na década de 80, os Estados Unidos começaram a aplicar a seguinte estratégia, reduzir a quantidade de vistos que permitissem a imigração legal para o seu território, e simultaneamente estimular as saídas ilegais, recebendo estes imigrantes como refugiados políticos;
- Esta situação agravou-se até à chamada “crisis de los balseros”, até que em 1994 assinaram-se novos acordos migratórios entre Cuba e os Estados Unidos, em que por um lado se despolitiza este assunto e por outro estabelecem-se taxas emigração/imigração e todos os Cubanos, que obtiverem recursos legais para estabelecerem-se em solo Norte-Americano terão as suas condições tal e qual outro emigrante originário de qualquer país, caso contrário os Estados Unidos estão incumbidos de devolve-los à pátria.
Balseros: como é sobejamente sabido sempre houve interesse por parte dos Estados Unidos da América sufocar um sistema político alternativo que nascia mesmo ao seu lado. A forma mais convencionada com Cuba e restantes países do bloco de leste, foi evidenciar todas as saídas destes países que no caso concreto de Cuba era inerente à condição de vida e de bem-estar. Porém na maior parte das vezes e falaciosamente, os EUA agregavam-lhes o aspecto político de “desafecto com a revolução”.
Para se ter uma ideia, repare-se nos números:
Vistos em 1988 – 3472;
Vistos em 1993 – 964.
Emigrantes Cubanos Ilegais 1990 – 463;
Emigrantes Cubanos Legais 1993 – 4208.
Depois dos acordos migratórios com os Estados Unidos, conseguiu-se estabelecer valores de 20000 vistos por ano sem contar com os familiares directos de cidadãos Norte-Americanos.
Desde então grande parte dos problemas com emigração ilegal foi resolvida.
5. Alusões ao vizinho indesejado cercam os Escritórios de Interesses Americanos.
6. Estratégia para o desenvolvimento económico do paísComo já foi referido a sustentação económica de Cuba assentava nas trocas comerciais com os países do antigo bloco socialista, sobretudo com a Ex-URSS. Quando caiu esta estrutura politico-económica era inevitável o colapso de alguns sectores da economia cubana – 85% dos seus mercados desapareceram.
Foi o IV Congresso do PCC que estabeleceu as prioridades para erguer a nação, sem que para isso não atingisse os principais bastiões de um regime socialista, a educação, assistência médica, e o acolhimento aos mais velhos, criando um programa alimentício para acelerar a produção de produtos básicos.
Então estabeleceu-se esta ordem:
I. Exploração eficiente de lugares turísticos, sobretudo praias e Cayos;
II. Difusão e exploração das descobertas científicas. Existem várias no âmbito das biotecnologias;
III. Impulso às exportações tradicionais, açúcar, citrinos, níquel, peixe, café e tabaco, ora aí está.
No V Congresso promoveu medidas com fim de aumentar a eficácia da sua economia:
I. Reforma bancaria;
II. Melhorar o controlo económico;
III. Aperfeiçoamento do sistema empresarial;
IV. Reestruturação paralela do emprego.
Isto traduziu-se na:
- Legalização de divisas convertíveis;
- O estado entregou 58% das suas terras a agricultores organizados em cooperativas;
- Saneamento financeiro interno;
- Novas leis tributárias;
- Aumento de preços de bens não essenciais;
- Eliminação de algumas gratuitidades (falaram-me bastante dos combustíveis),
- Estimulo ao auto-emprego;
- Abertura a mercados complementares, com criação de preços livres para produtos agro-pecuários e industriais;
- Organização e simplificação do aparelho de estado, dando mais autonomia às empresas e faculdades, no fundo uma administração descentralizada;
Esta é a estratégia que visa abertura à inversão do capital estrangeiro, como fonte imprescindível de capital, e consequente tecnologia e mercados, que de acordo com a actual realidade mundial são imprescindíveis para o desenvolvimento económico.
No entanto, no livro que me baseio para esta descrição, frisa que: o que não está na estratégia nem se oferece a sócios estrangeiros, é uma transferência para o capitalismo. Cuba é, e continuará a ser socialista.[
Fonte: 100 preguntas y respuestas sobre CUBA, Carmen R. Alfonso Hernández, 2001]
7. Los deportes extremos en La Habana;Para muitos de nós a via cubana é extrema. Contudo existem por todo o lado pequenos sinais de reacção a estimulos exteriores, independentemente de qual a sua origem. Ao contrário do que se possa pensar estamos perante um povo, sociedade, e cultura de abertura.