WHO PUT THE "M" IN MANCHESTER, MORRISSEY claro!
- Mas o que é que isto tem haver? – Perguntam.
- É muito simples, este trabalho de Morrissey acompanhou-me no voo AF474 da AIR-FRANCE. Para meu regozijo o dito estava disponível na variante Música/Vídeos. Para mim, não haveria melhor forma para me despedir temporariamente das culturas e vivências Europeias.
Por instantes “La madame francaise” que se sentava ao meu lado passava de uma expressão de indignação para um ligeiro sorriso, o que era razoável dado que ao passar canções como Subway Train/Everyday Is Like Sunday, Let Me Kiss you, Jack The Ripper, e a inesquecível composição dos Smiths, There Is A Light That Never Goes Out, batia o pé ainda com mais força. Mas tétrico era seguramente ouvir uma voz monocórdica [a minha] que tentava cantarolar cada uma destas músicas.
Posso já adiantar que na viagem de volta a maior esperança foi encontrar o mesmo display no banco da frente com o DVD disponível. Também posso avançar o resultado: logro. Não faz mal, ontem comprei o DVD.
Tudo isto à volta de um artista que apesar da idade mantém muito da sua expressividade, assim como duas características muito pouco eclécticas, a personalidade e o trabalho. Mesmo assim não as deixo de admirar.
Depois … bem depois … foi o choque climático. O ar estava irrespirável e a mochila pesadíssima, tudo novo, tudo me parecia estranho.
O taxista não resistiu e perguntou:
- O que achas disto?
- O parque automóvel é bem pior do que o do meu país, as infra-estruturas são bem piores do que as do meu país, mas tal qual o povo do meu país este finalmente parece-me ter uma identidade. Mas é muito cedo para tentar tirar qualquer conclusão.
Este foi o 24º dia do mês de Julho de 2005 «Año de la Alternativa Bolivariana para las Américas».