sexta-feira, junho 23, 2006

COISAS GIRAS SOBRE ROBERT CAPA E NÃO SÓ

No passado dia 14 ofereceram-me um daqueles calhamaços, assim uma coisa brutal, em espessura, em quantidade de imagens, em preço (há-de ter sido barato, há-de!!...) e na qualidade das imagens, ora “bindo” de quem bem não se levanta qualquer tipo de suspeita: ROBERT CAPA.

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Mas nessa enorme compilação do melhor que Robert Capa produziu também tem um texto introdutório biográfico muito interessante, que inclui alguns detalhes não da sua faceta técnica mas do seu carácter, do seu lado humano, o qual passo a partilhar alguns pontos:

- Embora Capa vivesse com um pé para o abismo, "não tenha sido" um repórter de guerra, compensava este estado tirando proveito do melhor da vida, frequentava estâncias de esqui alpino, jogava, assistia a corridas de cavalos, relacionava-se com companheiras muito interessantes, por exemplo Ingrid Bergman, e promovia a convivência com os amigos. Mas desta faceta humana sublinho a partilha de conhecimento com os fotógrafos mais novos, e retanho esta frase «Like People and let them know it», um forte traço de inteligência emocional e no fundo um factor indispensável para o sucesso (sabedoria);

- A sua carreira despontou com o seu trabalho na Guerra Civil Espanhola, onde colocou uma nova visão sobre as imagens de guerra. Em vez de captar imagens de vitória, esteve no terreno onde tirou fotografias em pleno campo de batalha, porque considerava que «The truth is the best picture, the best propaganda». Uma declaração de percepção ampla;

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Refugiados Espanhóis em 1939

- Foi o fundador da agência Magnum conjuntamente com os seus colegas e amigos Henri Cartier-Bresson, David Seymor, George Rodger e William Vandivert;

- Embora de nacionalidade Norte-Americana, era quase tudo menos americano. Nascido na Hungria, viveu quase sempre na Europa e depois da Segunda Guerra Mundial o seu "Quartel General" estava instalado em Paris, de onde partia para as suas viagens.



ADENDA

Também recomecei a ler um livro que se intitula NO LOGO de NAOMI KLEIN. Um documento de intervenção social, um livro que critica o Marketing dos gigantes comerciais contemporâneos, mas por outro lado ensina muito sobre marketing. Muito técnico para se colocar num blogue. Por surpreendente que seja, encontrei o registo digno que se para se colocar no blogue no prefácio, no qual a autora exulta todos os apoios pessoais que teve. É nessa fase que encontro um parágrafo com aquilo que de há uns tempos para cá acho que seja uma das chaves para o êxito de qualquer projecto, «os meus agentes junto da Westwood Creative Artists, Bruce Westwood e Jennifer Barclay, adoptaram com infinito entusiasmo e determinação naquilo que muitos teriam considerado um projecto arriscado. Vasculharam o mundo editorial internacional em busca de almas gémeas, que não só publicassem NO LOGO mas que se batessem por ele: Reagan Arthur e Philip Gwyn Jones».