quarta-feira, setembro 07, 2005

THE AMERICAN DREAM - CUBA – XII

O 25º dia do mês de Julho de 2005 «Año de la Alternativa Bolivariana para las Américas». – “Jineteros”, I forgive you Jesus, I hope you forgive me too. Episódio 2

[continuação] Lá fomos em direcção ao Hotel Deauville.
- Passo apressado – dizia ele – aqui em cada esquina há um polícia. É a repressão. Nós cubanos, não pudemos falar com estrangeiros.
Não consegui deixar de esboçar um sorriso.
Rapidamente percebi que os “jineteros” são uma espécie de camaleão. Se vestimos uma T-Shirt do “Che” são socialistas inveterados, se não, são as maiores vítimas de” repressão brutal” do "regime" "castro-comunista" cubano ;) Cantam-nos ao ouvido aquilo que nós queremos ouvir. À medida que ele me foi conhecendo o discurso quase que rodou 180º.
Enquanto caminhávamos Jesus mostrou a fotografia da filha, mulher, com o objectivo de me dar sinais de confiança. Neste aspecto sabia que tinha de recorrer à minha experiência para saber até que ponto ele queria chegar. Apenas poderia querer trabalhar para obter algumas comissões [royalties], mas também poderia querer sacar o mais que pudesse nem para isso fosse necessário recorrer à violência. Não me transmitia essa imagem, mas nestes momentos pensa-se em tudo. Além disso quando chegasse ao Hotel deixaria, o cartão de crédito, passaporte, tudo que fosse importante. O que poderia levar?
Depois de ter subido e descido rapidamente do quarto encontrei-me com Jesus em frente ao Hotel. Apesar de ter sido promovido a seu amigo com a maior facilidade, confrontei-o logo com a realidade:
- Repara, eu vou contigo porque quero aprender muito depressa o necessário para me desenrascar aqui. E tu para fazeres este trabalho queres contrapartidas. Vamos já acertar o valor. Quanto queres? – Perguntei.
- Diz-me tu!
- 15 Pesos Cubanos Convertíveis para todo o dia, e não pago mais nada.
- Combinado.
Fomos em busca do que necessitava para o momento. Para isto foi toda a manhã. [Continua]

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