O 29º dia do mês de Julho de 2005 «Año de la Alternativa Bolivariana para las Américas» - A caminho de Santa Clara.
Notas do dia:
- Partida para Santa-Clara. Propósito, visitar o mausoléu onde repousam os restos mortais do Comandante Ernesto “Che” Guevara, e dos seus companheiros da guerrilha boliviana;
- Despedi-me de Omayda e da professora de música, e artes, … , bem para tão pouco tempo foi um momento penoso;
- Quando cheguei ao terminal o autocarro para Santa-Clara já tinha partido. Já domino algumas das primeiras necessidades, comida, tecto, e transportes, mas falta uma, a comunicação. Telefone, solução, Etcsa a empresa estatal que gere as linhas de comunicação por telefone e grande parte da Internet, fornece cartões que permite chamadas urbanas quase infinitas no tempo. Já a Internet é bastante cara, 6 €/hora;
- Como viajar para Santa-Clara? 1. Esperar até às 20.15 pelo autocarro da VIAZUL, com ar-condicionado e tudo mais. Só que chegaria muito tarde para conseguir habitação.
2. Um bocado a custo lá consegui fazer com que a funcionária do terminal telefonasse para a estação para confirmar se havia comboio para Santa-Clara. Afirmativo, 16.15. bem. Esta era a melhor hipótese, mas estava decidido a ir hoje. Ainda são 10.00 …
- Fazer horas. Conheci o Sr. Exposito no Parque Liberdad. Este nome não me era estranho … aahh … Casa Particular Enriqueta & Exposito, Lonely Planet. Não fiquei por lá, mas eles marcaram-me a casa para a próxima paragem. Assim, quando lá chegar já tenho “poiso”. É mais seguro;
- Mais um almoço a 40 cêntimos de €, e uma sede filha da puta;
- A caminho da estação, autocarro que mal tinha espaço para respirar. Toda a gente a suar que nem cavalos. Paguei 1 Peso Cubano, para compensar a duas viagens que fiz à borla no dia anterior;
- Estação, os cubanos para fazer uma viagem inter-provincial tem que fazer reserva no dia anterior, nós estrangeiros nem por isso. Mas pagamos 14 vezes mais [o que estava mais ou menos estipulado no Lonely Planet, 7€]. Assim, passamos para a frente da fila;
- Comboio partiu com uma hora e meia de atraso. Para encontrar o lugar, tive o apoio de uma cubana, bem contornada. Ia para Santiago de Cuba em peregrinação à Nossa Senhora do “Não Sei O Quê”, deve ser dos “Esquecidos” a minha padroeira. Não tinha actividade profissional significativa, fazia uns trabalhos de artesanato. Já esteve em na Europa durante 2 anos, em diversos pontos, mas não sabia a maior parte dos nomes por onde esteve … Hum!? Esteve algures na Holanda numa base militar … hum?! Insinuava-se como caraças. Toda a gente bebe e soa para caraças. Era isto que queria ver;
- Pela janela viam-se paisagens rurais. Perto da chegada via-se alguma indústria desactivada;
- Eu e o casal de holandeses que acabei de conhecer à saída do comboio ficámos surpreendidos com o apagão na zona da estação. O dono da minha casa particular veio-nos buscar;
- Embora o negócio da casa já tivesse sido feito por telefone, fui surpreendido pelo valor do jantar.
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