segunda-feira, setembro 26, 2005

THE AMERICAN DREAM - CUBA – XIII

O 25º dia do mês de Julho de 2005 «Año de la Alternativa Bolivariana para las Américas». – “Jineteros”, I forgive you Jesus, I hope you forgive me too. Episódio 3

Antes de almoçar passagem pelo “Barrio Chino” [Bairro Chinês]. Fiquei a saber que aqui pode-se comer e beber, bem e barato.
Depois Jesus, propôs-me a ir almoçar a casa cozinheiro do Hotel Nacional, pela módica quantia de 20 €/refeição [!!!!] poderia deleitar-me com os melhores manjares da Republica Cubana. Resultado … Não!!

A primeira rasteira. Fomos a casa de Ramon onde comeria por metade do preço comida “normal”, nada mal para começar. Eu pedi, Jesus pediu, eu paguei!!!
- Jesus, eso no estava en el contrato? – disse.
- Carlos, somos amigos – respondeu.
A “amizade” tem preço quando não se faz a menor ideia onde se está.
As primeiras impressões sobre a situação política cubana, recolhi-as através de Jesus e Ramon. Embora o governo cubano se tenha aberto à prática plural da actividade religiosa, “Jesus” continua resmungão. A sociedade Cubana não permite abertamente que ele ataque a iniciativa privada tal como ele queria. Modos e vontades bem burguesas é coisa que não faltavam a Jesus.
Ramon um bom “vivant”, filhos e mulheres espalhadas pelos Estados Unidos e Cuba, foi um dos “premiados” com a abertura de um “paladar” [restaurante]. Pequenas “aberturas” concedidas pelo sistema económico à iniciativa privada.
Jesus dava tudo para “saltar” para os Estados Unidos, Ramon já não era da mesma opinião. Gostava de visitar os Estados Unidos, mas ficar lá não.
- Carlos, son diferentes idiosincrasias. La mía es Cubana, no Norte-Americana.

A tarde foi passada na casa da música, com mais propostas de “belíssimos” negócios, e a conhecer gente.

Tabaco.
- Carlos, se quieres tabaco (charutos) tienes que comprar-los ya. Se no se esgotan. Quando volveres a Havana no vas conseguir.
- Jesús, claro, claro!!

Lagosta para o almoço de amanhã.
- Carlos, maña podemos comer con mi familia. Lagosta. Me das 15 € para que la compre ya.
- No!

Entre outras pessoas conheci uma mulher bem atraente de Santiago de Cuba, que veio até Havana para aproveitar a maré de turistas:
Apresentou-se, nome, residência, naturalidade, idade, profissão … que mais? 86-60-86, e dois dentes de ouro que lhe “abrilhantavam” o sorriso.
Apresentei-me, nome, residência, naturalidade, idade, e profissão... que mais? Quero conhecer o mundo novo.
- Puedo sentar-me? – Perguntou.
- Claro. Pero no te voy a pagar nadie – disse-lhe.
Jesus, revirou os olhos já sabia qual era o seu próximo passo, e percebeu que tinha acabado de perder mais uma ”comissãozita”.
- Adios!!!
- Adios.

Mais uma conta para pagar. A minha … mas também a de Jesus!!
- Ahora donde quieres ir, Carlos?
- Hotel!
- Pero los 25 €?
- Porqué los 25 €? Solo teníamos acordado 15 €.
- Porque maña vamos a comer en casa de mi familia, y tengo que comprar-la ya.
- Unh! Unh! Te los doy en la entrada del hotel.
Seguimos.
Em frente ao hotel.
- Carlos, los 25 €?
- Jesus, usted rompió el “contrato” dos veces. Yo solo voy romper una vez. Adios!!!
Entre ameaças de que estaria na entrada no hotel à minha espera no dia seguinte, e insultos, voltei atrás, e disse-lhe se continuava a importunar-me chamaria a policia.
Jesus arregalou os olhos até trás. Jesus já tinha experimentado uma cruz, e não a queria repetir. Calafrios, não? Pensei.
- Adios!

Jantei num hotel recomendado pelo serviço de apoio ao turista do Hotel Deauville. À noite passei pelos festejos do “26 de Julio”. Um feriado importantíssimo no calendário cubano.

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