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Reparem como é diferente a conduta de duas instâncias para o mesmo caso – CMP, CML.
«A vereadora Helena Lopes da Costa, eleita pelo PSD, escreveu aos professores do município pedindo "a melhor colaboração" para indicarem dois alunos, "um rapaz e uma rapariga", para serem sorteados entre os representantes das escolas do primeiro ciclo do ensino público de Lisboa. O objectivo é seleccionar cinco crianças, entre os seis e os dez anos, para participarem na iniciativa "Acompanhantes de Futebol McDonald's", promovida pela multinacional dos hambúrgueres enquanto patrocinadora do Euro 2004, e concretizarem o "sonho" de assistir a um jogo e entrar em campo com os seus heróis do Campeonato Europeu de Futebol.
Os representantes de cada escola, entre outras condições apontadas na carta assinada pela vereadora, não podem "possuir deficiência física ou mental em virtude da necessidade de acompanhamento especial (pedido do McDonald's)" e têm de "ter bom aproveitamento escolar" e pertencer a uma família "cuja situação sócio-económica não permita assistirem ao vivo a qualquer jogo do Euro 2004". Cada escola, acrescenta a missiva, procederá "à selecção dos candidatos da forma que considerar mais justa".»
Quando confrontados com a questão a CML, reagiu assim:
«"Se tivesse reparado não tinha assinado".
Helena Lopes da Costa admitiu ontem que, quando assinou a carta preparada por uma sua assessora, não se apercebeu de todas as condições impostas pela McDonald's. A autarca concordou que "não faz sentido" limitar a participação de crianças por serem portadoras de deficiência e acrescentou que, "se tivesse reparado [naquela condição] não tinha assinado o documento". A vereadora argumentou que a empresa promotora invocou normas da UEFA para limitar a entrada de crianças deficientes nos campos e que, sendo assim, será hoje comunicado às escolas que o município não participa na iniciativa.»
…senhora vereadora, continue que eu estou a gostar.
Por sua vez a CMP reagiu assim:
«A Câmara do Porto, segundo revelou ontem à Lusa Agostinho Branquinho, responsável do município pela ligação ao Euro 2004, recusou a proposta da cadeia de "fast food": "Ficámos chocados com a existência desse critério perfeitamente infame de discriminar deficientes, numa tese nazista em que só falta dizer que as crianças têm de ser todas loiras, altas, de olhos azuis e sem defeito".»
Que Santana Lopes é subserviente, e incute um espírito bajulador à sua equipa já nós sabíamos, mas tanto não. Ainda bem que assim é, dissipa dúvidas a quem as tem, na escolha de PSL para Presidente da República. Notícia completa aqui.
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