sábado, maio 29, 2004

REPUDIO INTERNO

.
Em reacção aos massacres de Tel Sutan, muitas foram as vozes que acusaram Israel de «genocídio» e «crimes de guerra».
As autoridades palestinianas acusaram, por intermédio de Iasser Arafat, Israel de ter levado a cabo uma «carnificina» e decretaram três dias de luto nacional, anúncio ao qual se seguiu uma manifestação de milhares de pessoas em Gaza, determinadas em demonstrar que nem o massacre efectuado horas antes em Rafah lhes foi capaz de vergar o orgulho e a tenacidade em construir uma pátria livre e independente.
No Knesset, o parlamento de Israel, o deputado Taleb al Sanna proferiu a condenação mais controversa ao afirmar que «não é obrigatório ser alemão para ser nazi».
Igual posição tiveram os parlamentares Ahmed Tisbi, Azmi Bichara e Yuli Tamir, que falaram em nome das bancadas da minoria árabe israelita e dos trabalhistas.
Os deputados argumentaram que o primeiro-ministro, Ariel Sharon, o ministro da defesa, Shaul Mofaz, e o chefe do Estado-Maior, Moshe Yaalon, deveriam comparecer perante um tribunal para responderem por crimes de guerra, afirmando ainda que os acontecimentos de Rafah revelam o total fracasso da política para os territórios.
Nem dentro do executivo governamental Sharon se livrou da condenação. Tomi Lapid, líder do partido Shinui e ministro da Justiça do governo de coligação, declarou que as imagens lhe haviam feito lembrar o holocausto, abrindo uma crise política no interior do governo.


Pelo meu amigo JA.

Sem comentários: