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Maio maduro Maio, quem te pintou
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou
Raiava o sol já no Sul, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua vinha lá de Istambul
Sempre depois da sesta chamando as flores
Era o dia da festa Maio de amores
Era o dia de cantar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua andava ao longe a varar
Maio com meu amigo quem dera já
Sempre no mês do trigo se cantará
Qu’importa a fúria do mar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça vamos lutar
Numa rua comprida El-rei pastor
Vende o soro da vida que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu
sexta-feira, abril 30, 2004
quinta-feira, abril 29, 2004
O ÚLTIMO ENSAIO
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Portugal 2- 2 Suécia
Portugal também não passou neste ensaio mas, tenho esperança que com mais treino em conjunto o entrosamento surgirá. «O resultado final foi fixado apenas nos últimos minutos, com um auto-golo do defesa português Rui Jorge a dar nova vantagem aos suecos, aos 86, e Nuno Gomes a estabelecer o 2-2, aos 92.»
Portugal 2- 2 Suécia
Portugal também não passou neste ensaio mas, tenho esperança que com mais treino em conjunto o entrosamento surgirá. «O resultado final foi fixado apenas nos últimos minutos, com um auto-golo do defesa português Rui Jorge a dar nova vantagem aos suecos, aos 86, e Nuno Gomes a estabelecer o 2-2, aos 92.»
MARCA DE CLINTON
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As memórias de Clinton vão ser lançadas em Junho, com uma primeira tiragem de 1.500.000 exemplares. O antigo Presidente escreveu dia e noite para que a sua “marca” não se tornasse num elemento perturbador à campanha de John Kerry. (NYT)
As memórias de Clinton vão ser lançadas em Junho, com uma primeira tiragem de 1.500.000 exemplares. O antigo Presidente escreveu dia e noite para que a sua “marca” não se tornasse num elemento perturbador à campanha de John Kerry. (NYT)
TRAGI-COMÉDIA
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Os media Norte-Coreanos emitiram o número de mortos e feridos do acidente ferroviário em Ryongchon, 161 mortos e mais 1300 feridos. Agora pasmem-se com esta “bravura”:
«North Korea's state-run media today claimed that many of the 161 people who died in last week's train explosion in the town of Ryongchon had struggled heroically in the last moments of their lives to save portraits of the ruling family.» (…)
(…)«In one of the stories of the dead told by KCNA - effectively the state's mouthpiece - Han Jong-suk, 56, a teacher, saved the lives of seven children but died rescuing pictures of Kim Jong-il and his late father, Kim Il-sung.»(…)
(…)«Two other of the dead, Choe Yong-il and Jon Tong-sik, were on a lunch break but rushed back to work on hearing the explosion, according to KCNA. "They were buried under the collapsing building to die a heroic death when they were trying to come out with portraits of President Kim Il-sung and leader Kim Jong-il," it said.»(…) (The Guardian)
Eram só vocês, não?
Os media Norte-Coreanos emitiram o número de mortos e feridos do acidente ferroviário em Ryongchon, 161 mortos e mais 1300 feridos. Agora pasmem-se com esta “bravura”:
«North Korea's state-run media today claimed that many of the 161 people who died in last week's train explosion in the town of Ryongchon had struggled heroically in the last moments of their lives to save portraits of the ruling family.» (…)
(…)«In one of the stories of the dead told by KCNA - effectively the state's mouthpiece - Han Jong-suk, 56, a teacher, saved the lives of seven children but died rescuing pictures of Kim Jong-il and his late father, Kim Il-sung.»(…)
(…)«Two other of the dead, Choe Yong-il and Jon Tong-sik, were on a lunch break but rushed back to work on hearing the explosion, according to KCNA. "They were buried under the collapsing building to die a heroic death when they were trying to come out with portraits of President Kim Il-sung and leader Kim Jong-il," it said.»(…) (The Guardian)
Eram só vocês, não?
ESTA MALTA NÃO PODE VER NADA
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Eh pá! Falta uma tesoura! Quem a "gamou"?
A RTP Multimédia garante que esta fotografia é verdadeira. «Aconteceu na Austrália. Uma mulher de 69 anos foi operada há cerca de três anos. De lá para cá, continuava a sentir dores na zona da intervenção cirúrgica. Insistiu então para que lhe fosse realizada uma radiografia ao abdómen. Espanto o dela e dos médicos quando perceberam que uma tesoura tinha ficado lá dentro. Esqueceram-se...» (RTP)
Eh pá! Falta uma tesoura! Quem a "gamou"?
A RTP Multimédia garante que esta fotografia é verdadeira. «Aconteceu na Austrália. Uma mulher de 69 anos foi operada há cerca de três anos. De lá para cá, continuava a sentir dores na zona da intervenção cirúrgica. Insistiu então para que lhe fosse realizada uma radiografia ao abdómen. Espanto o dela e dos médicos quando perceberam que uma tesoura tinha ficado lá dentro. Esqueceram-se...» (RTP)
SORTE! MRS. SEX PISTOLS ATRASOU-SE!!
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John Lyndon vocalista dos Sex Pistols in-extremis não entrou no body-count desta tragédia. Mrs. Lyndon atrasou-se a fazer as malas. (The Guardian).
John Lyndon vocalista dos Sex Pistols in-extremis não entrou no body-count desta tragédia. Mrs. Lyndon atrasou-se a fazer as malas. (The Guardian).
KADHAFI ARMOU A TENDA
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O título é para ser levado a sério, literalmente a sério. Muhamar Kadhafi foi convidado pelos comissários Europeus para visitar a capital europeia e o Coronel não facilitou. Trouxe a tenda de beduíno e armou-a em pleno castelo belga, e não a voltou a baixar.
Kadhafi, Blair e Prodi já esqueceram os “desacatos” de outros tempos. Também já lá vai muito, muito tempo.(The Guardian).
O título é para ser levado a sério, literalmente a sério. Muhamar Kadhafi foi convidado pelos comissários Europeus para visitar a capital europeia e o Coronel não facilitou. Trouxe a tenda de beduíno e armou-a em pleno castelo belga, e não a voltou a baixar.
Kadhafi, Blair e Prodi já esqueceram os “desacatos” de outros tempos. Também já lá vai muito, muito tempo.(The Guardian).
UM BOM SEGUNDO LUGAR
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Um Deus modesto «Um bom resultado é sempre a ganhar». E à voz o real Nuno da Câmara Pereira. (TSF)
Um Deus modesto «Um bom resultado é sempre a ganhar». E à voz o real Nuno da Câmara Pereira. (TSF)
SOLIDARIEDADE A QUEM PRECISA
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«Durão Barroso solidário com Valentim Loureiro. O líder social-democrata disse ainda que um partido “não é uma máquina”, pelo que não é possível “deixar de manifestar afectos” às pessoas que “estão em dificuldades”.» Doce.(TSF)
«Durão Barroso solidário com Valentim Loureiro. O líder social-democrata disse ainda que um partido “não é uma máquina”, pelo que não é possível “deixar de manifestar afectos” às pessoas que “estão em dificuldades”.» Doce.(TSF)
EUA BOMBARDEIAM A LÍBIA - 1986
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«1986 - Em 15 de Abril os EUA bombardeiam a Líbia. A "operação El Dorado Canyon" visava alvejar Mouammar Kadhafi como retaliação pelos atentados em Roma, Viena e Berlim que causaram 22 mortos. Os bombardeamentos dos EUA não conseguiram atingir Kadhafi e mataram 37 pessoas». (TSF)
«1986 - Em 15 de Abril os EUA bombardeiam a Líbia. A "operação El Dorado Canyon" visava alvejar Mouammar Kadhafi como retaliação pelos atentados em Roma, Viena e Berlim que causaram 22 mortos. Os bombardeamentos dos EUA não conseguiram atingir Kadhafi e mataram 37 pessoas». (TSF)
quarta-feira, abril 28, 2004
QUANTO MAIS DEPRESSA MELHOR
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1-Está mal, no Nelsu existe o crime de opinião, ainda não sabias? Tudo o que se escreve neste blogue deve estar em harmonia com o meu ideal ;-) (é melhor botar o gajo a rir-se e a piscar o olho senão os fregueses vão pensar que é verdade, ddaassss, e então o XUNCA que não se dá nada bem com harmonias, vem-lhe logo à cabeça a estória das gravatas :- )))));
1.2.-Respondo no ponto 4;
2. T.A.P. é um bom exemplo para me contrariar, mas por este até eu proferia uma blasfémia. Mas o Cardoso e Cunha já lhe fez a folha;
3. O que escrevi não se compreende nisto, depois podemos falar num conceito que ouvi falar há uns tempos atrás que se chama, "A Firme-Flexibilidade";
4. e 1.2. Relativamente aos Alemães e outros exemplos como este, nós falaremos na pausa da ingestão do liquido alocado no tal recipiente de vidro que propões :- )))). Quando é que vens pregar a 1ª e 2ª Lei de Kirchhoff aos meus conterrâneos? Seguindo o teu raciocínio, vens dar conhecimento já adquirido logo, não vens contribuir para o desenvolvimento da terra por isso não merecias esta benesse ;- ) (é melhor botar o gajo a rir-se e a piscar o olho senão os fregueses vão pensar que é verdade, ddaassss, é melhor é!!!).
1-Está mal, no Nelsu existe o crime de opinião, ainda não sabias? Tudo o que se escreve neste blogue deve estar em harmonia com o meu ideal ;-) (é melhor botar o gajo a rir-se e a piscar o olho senão os fregueses vão pensar que é verdade, ddaassss, e então o XUNCA que não se dá nada bem com harmonias, vem-lhe logo à cabeça a estória das gravatas :- )))));
1.2.-Respondo no ponto 4;
2. T.A.P. é um bom exemplo para me contrariar, mas por este até eu proferia uma blasfémia. Mas o Cardoso e Cunha já lhe fez a folha;
3. O que escrevi não se compreende nisto, depois podemos falar num conceito que ouvi falar há uns tempos atrás que se chama, "A Firme-Flexibilidade";
4. e 1.2. Relativamente aos Alemães e outros exemplos como este, nós falaremos na pausa da ingestão do liquido alocado no tal recipiente de vidro que propões :- )))). Quando é que vens pregar a 1ª e 2ª Lei de Kirchhoff aos meus conterrâneos? Seguindo o teu raciocínio, vens dar conhecimento já adquirido logo, não vens contribuir para o desenvolvimento da terra por isso não merecias esta benesse ;- ) (é melhor botar o gajo a rir-se e a piscar o olho senão os fregueses vão pensar que é verdade, ddaassss, é melhor é!!!).
terça-feira, abril 27, 2004
O OUTRO OLHO CLÍNICO
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1. Relativamente à adaptação de modelos de desenvolvimento estou muito satisfeito com a tua posição porque lentamente estás a ir ao encontro do que escrevi. Só falta fazer a ligação entre saber ler para aprender, e usar a “massa cinzenta” para evoluir.
Não duvides que copiar é forma mais célere para nos aproximarmos do topo. Um caso muito concreto no âmbito tecnológico foram os programas espaciais Norte-Americano e da antiga União Soviética que se apressaram em capturar os cientistas alemães para incrementar o desenvolvimento e a produção de foguetões.
Não pode haver a menor sombra de dúvida que o nosso desenvolvimento passa por estudar, e evoluir através de outras práticas.
2. Se existe uma pedra basilar no socialismo é a erradicação de grandes discrepâncias salariais, e jamais vislumbrar a competência e o estímulo por essa via. Venha antes o sentido de missão, porque a política de gestão privada não tem dado mostra de poupança.
Para finalizar é importante perceber que NA MINHA OPINIÃO o socialismo não se coaduna com tiques Neo-Liberais, e o Soarismo/Guterrismo não podem ser usados como exemplo, porque são uma tanga socialista.
3. Quem “assapa” o rabo são os alheados e esta mensagem «Ou então não me fodam a cabeça e deixem-me ver futebol!» só incentiva o desvio da atenção.
Também é importante referir que, se isto foi muitas vezes utilizado para formatar, que não haja dúvida que isto, o suplemento de ecónomia do Expresso, e outros exemplos do género têm de ser lidos com olho clínico, porque também formatam, e há muita gente que ainda não percebeu.
1. Relativamente à adaptação de modelos de desenvolvimento estou muito satisfeito com a tua posição porque lentamente estás a ir ao encontro do que escrevi. Só falta fazer a ligação entre saber ler para aprender, e usar a “massa cinzenta” para evoluir.
Não duvides que copiar é forma mais célere para nos aproximarmos do topo. Um caso muito concreto no âmbito tecnológico foram os programas espaciais Norte-Americano e da antiga União Soviética que se apressaram em capturar os cientistas alemães para incrementar o desenvolvimento e a produção de foguetões.
Não pode haver a menor sombra de dúvida que o nosso desenvolvimento passa por estudar, e evoluir através de outras práticas.
2. Se existe uma pedra basilar no socialismo é a erradicação de grandes discrepâncias salariais, e jamais vislumbrar a competência e o estímulo por essa via. Venha antes o sentido de missão, porque a política de gestão privada não tem dado mostra de poupança.
Para finalizar é importante perceber que NA MINHA OPINIÃO o socialismo não se coaduna com tiques Neo-Liberais, e o Soarismo/Guterrismo não podem ser usados como exemplo, porque são uma tanga socialista.
3. Quem “assapa” o rabo são os alheados e esta mensagem «Ou então não me fodam a cabeça e deixem-me ver futebol!» só incentiva o desvio da atenção.
Também é importante referir que, se isto foi muitas vezes utilizado para formatar, que não haja dúvida que isto, o suplemento de ecónomia do Expresso, e outros exemplos do género têm de ser lidos com olho clínico, porque também formatam, e há muita gente que ainda não percebeu.
PERMITES?
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Sabão permite-me discordar da essência do teu post anterior:
- Copiar não tem mal nenhum, ora vê bem o exemplo da China. Copia para depois melhorar. Repara como se anda para a frente quando se utiliza esta metodologia;
- Educar a nossa classe política é uma boa medida, agora paguem-lhes bem??? A única coisa que se deve exigir é, trabalhem bem!!! Lá estão os teus tiques Neo-Liberais a aparecer à flor da pele;
- Enquanto a classe política não tiver outra conduta “assapas” o rabo no sofá, e está feito. Uma boa maneira de ver as coisas sem dúvida. E a mais cómoda certamente!!!
Já que falamos de futebol: E-U-G-O-S-T-O-D-E- F-U-T-E-B-O-L,-E-É-M-U-I-T-O-B-O-N-I-T-O. M-A-S-O-F-U-T-E-B-O-L-É-A-L-I-E-N-A-Ç-Ã-O. E-U-G-O-S-T-O-D-E-V-E-R-F-U-T-E-B-O-L-D-E-O-L-H-O-S-B-E-M-A-B-E-R-TO-S.
Sabão permite-me discordar da essência do teu post anterior:
- Copiar não tem mal nenhum, ora vê bem o exemplo da China. Copia para depois melhorar. Repara como se anda para a frente quando se utiliza esta metodologia;
- Educar a nossa classe política é uma boa medida, agora paguem-lhes bem??? A única coisa que se deve exigir é, trabalhem bem!!! Lá estão os teus tiques Neo-Liberais a aparecer à flor da pele;
- Enquanto a classe política não tiver outra conduta “assapas” o rabo no sofá, e está feito. Uma boa maneira de ver as coisas sem dúvida. E a mais cómoda certamente!!!
Já que falamos de futebol: E-U-G-O-S-T-O-D-E- F-U-T-E-B-O-L,-E-É-M-U-I-T-O-B-O-N-I-T-O. M-A-S-O-F-U-T-E-B-O-L-É-A-L-I-E-N-A-Ç-Ã-O. E-U-G-O-S-T-O-D-E-V-E-R-F-U-T-E-B-O-L-D-E-O-L-H-O-S-B-E-M-A-B-E-R-TO-S.
DISCOS PE(R)DIDOS
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Senhores das discográficas, para quando a edição em CD destes discos ?
PETRUS CASTRUS - MESTRE
PETRUS CASTRUS - ASÇENSÃO E QUEDA
LUIS CILIA - O GUERRILHEIRO
LUIS CILIA - CONTRA A IDEIA DA VIOLÊNCIA, A VIOLÊNCIA DA IDEIA
LUIS CILIA - TRANSPARÊNCIAS
LUIS CILIA - O PESO DA SOMBRA
LUIS CILIA - MARGINAL
LUIS CILIA - CONTRADIÇÕES
GAC - A CANTIGA É UMA ARMA
GAC - POIS CANTÉ!
GAC - ...E VIRA BOM!
GAC - ...RONDA DA ALEGRIA!!
FAUSTO - FAUSTO
BANDA DO CASACO - HOJE HÁ CONQUILHAS, AMANHÃ NÃO SABEMOS
BANDA DO CASACO - CONTOS DA BARBEARIA
CORPO DIPLOMÁTICO - MÚSICA MODERNA
GNR - INDEPENDANÇA
GNR - DEFEITOS ESPECIAIS
NÉ LADEIRAS - ALHUR
ALMANAQUE - DESFIANDO CANTIGAS
CROIX SAINTE - THE LIFE OF HE
LINHA GERAL - LINHA GERAL
OCASO ÉPICO - MUITO OBRIGADO
ANTÓNIO EMILIANO - GAHVOREH
SANTA MARIA, GASOLINA EM TEU VENTRE - FREE TERMINATOR
UHF - ESTOU DE PASSAGEM
UHF - PERSONA NON GRATA
UHF - ARES E BARES DE FRONTEIRA
UHF - NOITES NEGRAS DE AZUL-AO VIVO EM ALMADA
STREET KIDS - TRAUMA
TROVANTE - EM NOME DA VIDA
DA WEASEL - DOU-LHE COM A ALMA (RE-EDIÇÃO)
VAI DE RODA - POLAS ONDAS (RE-EDIÇÃO)
NUNO REBELO - SAGRAÇÃO DO MÊS DE MAIO (RE-EDIÇÃO).
Senhores das discográficas, para quando a edição em CD destes discos ?
PETRUS CASTRUS - MESTRE
PETRUS CASTRUS - ASÇENSÃO E QUEDA
LUIS CILIA - O GUERRILHEIRO
LUIS CILIA - CONTRA A IDEIA DA VIOLÊNCIA, A VIOLÊNCIA DA IDEIA
LUIS CILIA - TRANSPARÊNCIAS
LUIS CILIA - O PESO DA SOMBRA
LUIS CILIA - MARGINAL
LUIS CILIA - CONTRADIÇÕES
GAC - A CANTIGA É UMA ARMA
GAC - POIS CANTÉ!
GAC - ...E VIRA BOM!
GAC - ...RONDA DA ALEGRIA!!
FAUSTO - FAUSTO
BANDA DO CASACO - HOJE HÁ CONQUILHAS, AMANHÃ NÃO SABEMOS
BANDA DO CASACO - CONTOS DA BARBEARIA
CORPO DIPLOMÁTICO - MÚSICA MODERNA
GNR - INDEPENDANÇA
GNR - DEFEITOS ESPECIAIS
NÉ LADEIRAS - ALHUR
ALMANAQUE - DESFIANDO CANTIGAS
CROIX SAINTE - THE LIFE OF HE
LINHA GERAL - LINHA GERAL
OCASO ÉPICO - MUITO OBRIGADO
ANTÓNIO EMILIANO - GAHVOREH
SANTA MARIA, GASOLINA EM TEU VENTRE - FREE TERMINATOR
UHF - ESTOU DE PASSAGEM
UHF - PERSONA NON GRATA
UHF - ARES E BARES DE FRONTEIRA
UHF - NOITES NEGRAS DE AZUL-AO VIVO EM ALMADA
STREET KIDS - TRAUMA
TROVANTE - EM NOME DA VIDA
DA WEASEL - DOU-LHE COM A ALMA (RE-EDIÇÃO)
VAI DE RODA - POLAS ONDAS (RE-EDIÇÃO)
NUNO REBELO - SAGRAÇÃO DO MÊS DE MAIO (RE-EDIÇÃO).
segunda-feira, abril 26, 2004
VÁ "SUGADITO"
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Que a direita incomoda-se com o 25 de Abril já todos sabiamos. Que a direita é intransigente também mas, dispensávamos tal indulgência. O velhote gesticula efusivamente do camarote...mas o que é que o gajo quer!?!?
Que a direita incomoda-se com o 25 de Abril já todos sabiamos. Que a direita é intransigente também mas, dispensávamos tal indulgência. O velhote gesticula efusivamente do camarote...mas o que é que o gajo quer!?!?
O SR. PM PERCEBEU?
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30 anos depois da Revolução dos cravos, o discurso de ontem do PR Jorge Sampaio visou os principais aspectos da actual política nacional.
A sua intervenção lembrou os perigos da concentração de propriedade, no facto de a conjuntura económica internacional não ter as costas largas, como tal é necessário rever as estratégias de recuperação económica. Lembrou que «a crise orçamental não está superada», e que as medidas de cosmética do actual executivo não são mais do que isso, porque o «défice estrutural de produtividade e de competitividade» permanece.
Para isso é necessário «apostar na qualificação e na educação, defendendo um modelo económico mais igualitário na distribuição de riqueza e com protecção social.»
Apesar dos progressos, o nosso PR considera que Portugal «ainda não recuperou inteiramente» de algumas marcas deixadas pelo Estado Novo, porque será?
Na referência à politica externa, o mesmo Sampaio que deixou sempre o governo dar azo à sua imaginação, agora percebe que «legitimidade política no Iraque só com acção da ONU».
30 anos depois da Revolução dos cravos, o discurso de ontem do PR Jorge Sampaio visou os principais aspectos da actual política nacional.
A sua intervenção lembrou os perigos da concentração de propriedade, no facto de a conjuntura económica internacional não ter as costas largas, como tal é necessário rever as estratégias de recuperação económica. Lembrou que «a crise orçamental não está superada», e que as medidas de cosmética do actual executivo não são mais do que isso, porque o «défice estrutural de produtividade e de competitividade» permanece.
Para isso é necessário «apostar na qualificação e na educação, defendendo um modelo económico mais igualitário na distribuição de riqueza e com protecção social.»
Apesar dos progressos, o nosso PR considera que Portugal «ainda não recuperou inteiramente» de algumas marcas deixadas pelo Estado Novo, porque será?
Na referência à politica externa, o mesmo Sampaio que deixou sempre o governo dar azo à sua imaginação, agora percebe que «legitimidade política no Iraque só com acção da ONU».
UuuHHH! SACANAS!
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«Do Marquês do Pombal até ao Rossio, desfilaram milhares de pessoas de cravo na mão, vendo-se no início da manifestação uma faixa com a inscrição ”25 de Abril sempre”».
E «A parada militar das comemorações oficiais ficou marcada pelos apupos com que o primeiro-ministro Durão Barroso e o ministro da Defesa Paulo Portas foram recebidos.»
«Do Marquês do Pombal até ao Rossio, desfilaram milhares de pessoas de cravo na mão, vendo-se no início da manifestação uma faixa com a inscrição ”25 de Abril sempre”».
E «A parada militar das comemorações oficiais ficou marcada pelos apupos com que o primeiro-ministro Durão Barroso e o ministro da Defesa Paulo Portas foram recebidos.»
ACIDENTE FERROVIÁRIO NA COREIA DO NORTE
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Lentamente surgem algumas imagens do desastre na Coreia do Norte, pouco reveladoras está claro. Podem ver-se aqui.
«Rescuers sift through rubble April 24, 2004 after the catastrophic explosion at the railway station in Ryongchon, North Korea. At least 154 people, including 76 students, were killed and more than 1,300 people had been injured in the blast at the railway station in the town of Ryongchon near the Chinese border on April 22, China's Xinhua news agency said, quoting a senior rescue official. Photo by Reuters (Handout)»
Lentamente surgem algumas imagens do desastre na Coreia do Norte, pouco reveladoras está claro. Podem ver-se aqui.
«Rescuers sift through rubble April 24, 2004 after the catastrophic explosion at the railway station in Ryongchon, North Korea. At least 154 people, including 76 students, were killed and more than 1,300 people had been injured in the blast at the railway station in the town of Ryongchon near the Chinese border on April 22, China's Xinhua news agency said, quoting a senior rescue official. Photo by Reuters (Handout)»
domingo, abril 25, 2004
25 DE ABRIL
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Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
da Sophia de Mello Breyner Andersen
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
da Sophia de Mello Breyner Andersen
A POESIA ESTÁ NA RUA
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Gravura de Vieira da Silva "A poesia está na rua"
Alguns dos mais bonitos cartazes que comemoraram esta data.
Há exactamente 30 anos as tropas arrancaram para a Revolução:
«"Grândola, Vila Morena", na voz de Zeca Afonso, é lançada para o ar pela Rádio Renascença no seu programa Limite às 0.30 da madrugada. Estava lançado o início das operações, que iriam tornar o dia 25 uma data histórica. Em Tomar e Vendas Novas, em Lisboa e na Figueira da Foz, Lamego, Mafra e Estremoz e noutros pontos do País, há movimentos militares; é preso o Comandante da Escola Prática de Cavalaria, de Santarém, e uma força daquela unidade marcha para Lisboa.»
Os acontecimemtos deste dia estão descritos no blogue "O coice que Abril deu", o qual infelizmente não tem permanentlink aos posts. Como tal vão ter que procurar o post "Documento: O 25 de Abril".
Gravura de Vieira da Silva "A poesia está na rua"
Alguns dos mais bonitos cartazes que comemoraram esta data.
Há exactamente 30 anos as tropas arrancaram para a Revolução:
«"Grândola, Vila Morena", na voz de Zeca Afonso, é lançada para o ar pela Rádio Renascença no seu programa Limite às 0.30 da madrugada. Estava lançado o início das operações, que iriam tornar o dia 25 uma data histórica. Em Tomar e Vendas Novas, em Lisboa e na Figueira da Foz, Lamego, Mafra e Estremoz e noutros pontos do País, há movimentos militares; é preso o Comandante da Escola Prática de Cavalaria, de Santarém, e uma força daquela unidade marcha para Lisboa.»
Os acontecimemtos deste dia estão descritos no blogue "O coice que Abril deu", o qual infelizmente não tem permanentlink aos posts. Como tal vão ter que procurar o post "Documento: O 25 de Abril".
sábado, abril 24, 2004
FC PORTO CAMPEÃO
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As buzinas que ouço lá fora não celebram o 25 de Abril.
O Sporting perdeu com o União de Leiria e entregou o título ao Futebol Clube do Porto.
As buzinas que ouço lá fora não celebram o 25 de Abril.
O Sporting perdeu com o União de Leiria e entregou o título ao Futebol Clube do Porto.
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - VI
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Manuel Freire será para sempre recordado como o intérprete do famoso tema "Pedra Filosofal", inspirado no poema de António Gedeão.
Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire nasce a 25 de Abril de 1942 (faz hoje 62 anos) em Vagos, Aveiro. Frequentou os cursos de Engenharia de Máquinas e Engenharia Química até se resolver a enveredar pela carreira musical. Em 1967, após ter prestado o serviço militar obrigatório na Força Aérea, estreia-se no Teatro António Pedro no Porto, pela mão de Fernando Gusmão. A partir daí, seguem-se actuações pelo país e pelo estrangeiro, nomeadamente em Paris (onde conhece Luís Cilia e José Mário Branco), Barcelona (com Paco Ibañez) e Roma.
No ano seguinte, edita o seu primeiro disco, que incluí temas como "Dedicatória", "Eles" ou "Livre". Começa, na mesma altura, a relacionar-se com homens como José Afonso ou Adriano Correia de Oliveira, com os quais tinha a empatia natural entre cantores de intervenção (como ele). Musica então poemas de José Saramago, Manuel Alegre ou António Gedeão, para citar apenas alguns nomes. Dessas colaborações, surgem canções como "O Sangue Não Dá Flor", "Lutaremos, Meu Amor" ou "Trova".
Em 1969, participa no popular programa de TV "Zip-Zap", de Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado, e aí apresenta pela primeira vez "Pedra Filosofal" (inspirado no poema de António Gedeão), que é um sucesso instantâneo. No ano seguinte, o tema é editado e ganha os prémios Casa da Imprensa e Pozal Domingues.
Em 1971, edita um EP que inclui "Dulcineia" de José Gomes Ferreira, e "Canção" de Eduardo Olímpio. E, no ano seguinte, grava um single com uma canção do filme "Pedro Só", de Alfredo Tropa, com poema de Fernando Assis Pacheco e música de Manuel Jorge Veloso.
Em 1973, grava os temas "Menina Bexigosa" de Sidónio Muralha, e "Ouvindo Beethoven" de José Saramago.
Em 1978, regressa com o álbum "Devolta", em colaboração com Luís Cila. No mesmo ano, compõe os temas "Que Faço Aqui?" e "Um Dia", para a peça "Os Emigrantes" de Slawomir Mrozeh, encenada por João Lourenço para o Teatro Experimental do Porto.
Já em 1993, é editada uma colectânea do cantor, que inclui os seus maiores sucessos (como "Pedra Filosofal", "Pedro Só", "Dulcineia" ou "Fala Do Velho Do Restelo Ao Astronauta" inspirado num texto de José Saramago).
PEDRA FILOSOFAL (António Gedeão)
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Agradecimentos: cotonete
Manuel Freire será para sempre recordado como o intérprete do famoso tema "Pedra Filosofal", inspirado no poema de António Gedeão.
Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire nasce a 25 de Abril de 1942 (faz hoje 62 anos) em Vagos, Aveiro. Frequentou os cursos de Engenharia de Máquinas e Engenharia Química até se resolver a enveredar pela carreira musical. Em 1967, após ter prestado o serviço militar obrigatório na Força Aérea, estreia-se no Teatro António Pedro no Porto, pela mão de Fernando Gusmão. A partir daí, seguem-se actuações pelo país e pelo estrangeiro, nomeadamente em Paris (onde conhece Luís Cilia e José Mário Branco), Barcelona (com Paco Ibañez) e Roma.
No ano seguinte, edita o seu primeiro disco, que incluí temas como "Dedicatória", "Eles" ou "Livre". Começa, na mesma altura, a relacionar-se com homens como José Afonso ou Adriano Correia de Oliveira, com os quais tinha a empatia natural entre cantores de intervenção (como ele). Musica então poemas de José Saramago, Manuel Alegre ou António Gedeão, para citar apenas alguns nomes. Dessas colaborações, surgem canções como "O Sangue Não Dá Flor", "Lutaremos, Meu Amor" ou "Trova".
Em 1969, participa no popular programa de TV "Zip-Zap", de Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado, e aí apresenta pela primeira vez "Pedra Filosofal" (inspirado no poema de António Gedeão), que é um sucesso instantâneo. No ano seguinte, o tema é editado e ganha os prémios Casa da Imprensa e Pozal Domingues.
Em 1971, edita um EP que inclui "Dulcineia" de José Gomes Ferreira, e "Canção" de Eduardo Olímpio. E, no ano seguinte, grava um single com uma canção do filme "Pedro Só", de Alfredo Tropa, com poema de Fernando Assis Pacheco e música de Manuel Jorge Veloso.
Em 1973, grava os temas "Menina Bexigosa" de Sidónio Muralha, e "Ouvindo Beethoven" de José Saramago.
Em 1978, regressa com o álbum "Devolta", em colaboração com Luís Cila. No mesmo ano, compõe os temas "Que Faço Aqui?" e "Um Dia", para a peça "Os Emigrantes" de Slawomir Mrozeh, encenada por João Lourenço para o Teatro Experimental do Porto.
Já em 1993, é editada uma colectânea do cantor, que inclui os seus maiores sucessos (como "Pedra Filosofal", "Pedro Só", "Dulcineia" ou "Fala Do Velho Do Restelo Ao Astronauta" inspirado num texto de José Saramago).
PEDRA FILOSOFAL (António Gedeão)
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Agradecimentos: cotonete
sexta-feira, abril 23, 2004
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - V
.
Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. Com apenas 18 anos de idade parte para o estrangeiro. Primeiro destino: Suiça, onde estuda psicologia durante dois anos. Mais tarde muda-se para França. Vive o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte integra a produção francesa do musical "Hair", onde se mantém por dois anos. Em Paris priva com outros músicos portugueses, como Luís Cília e José Mário Branco. Sérgio Godinho ensaiava então as suas primeiras composições, na altura em francês.
Em 1971 participa no álbum de estreia a solo de José MárioBranco, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", como músico e como autor de quatro letras. É ainda neste ano que Sérgio faz a sua estreia discográfica, com o seu primeiro longa-duração, "Os Sobreviventes", e com a edição do EP "Romance de Um Dia na Estrada". Recebe o prémio da Imprensa para "Melhor Autor do Ano" e, no ano seguinte, com "Sobreviventes" - que três dias após a sua edição é interditado, depois autorizado, depois novamente interditado - é eleito "Melhor Disco do Ano".
Em 1972, Sérgio apresenta um novo álbum, "Pré-Histórias", que inclui um dos temas mais emblemáticos da sua carreira: "A Noite Passada". Volta a colaborar como letrista no segundo álbum de José Mário Branco, "Margem de Certa Maneira". No ano seguinte, muda-se para o Canadá, onde integra a companhia de teatro Genesis. É neste país que Sérgio recebe a notícia do 25 de Abril. Regressa a Portugal. Já no nosso país edita o terceiro álbum de originais: "À Queima-Roupa".
Em 1975 participa, com José Mário Branco e Fausto, na banda sonora do filme de Luís Galvão Teles, "A Confederação". No ano seguinte escreve a canção-tema do filme de José Fonseca e Costa "Os Demónios de Alcácer Quibir", onde participa como actor. Este tema viria a ser incluído no seu novo álbum, "De Pequenino se Torce o Destino" (1976).
Em 1977 volta a colaborar num filme. Desta vez, com dois temas na banda sonora de "Nós Por Cá Todos Bem", realizado por Fernando Lopes. O seu quinto álbum de originais, "Pano-Crú", é editado no ano seguinte. Novo ano (1979), novo álbum: "Campolide", que viria a ser premiado com o "Prémio da Crítica Música & Som" para melhor album de música portuguesa desse ano.
Em 1980 Sérgio volta a colaborar com o realizador José Fonseca e Costa, desta vez no clássico do cinema português, "Kilas, o Mau da Fita". O álbum com a banda sonora do filme é editado nesse mesmo ano. "Canto da Boca", novo álbum de originais, é também editado em 80, tendo recebido o prémio de "Melhor Disco Potuguês ddo Ano", atribuído pela Casa da Imprensa e, ainda, o Sete de Ouro para o "Melhor Cantor Português do Ano".
Em Setembro de 1983 edita "Coincidências". Neste álbum conta com a participação de nomes grandes da música brasileira como Ivan Lins, Milton Nascimento e Chico Buarque. Um ano mais tarde, Sérgio Godinho regressa com "Salão de Festas", de onde emergem os temas "Quimera do Ouro" e "Coro das Velhas".
Em Julho de 1985, coincidindo com os concertos nos Coliseus de Lisboa e do Porto sob o título "Era Uma Vez Um Rapaz", edita um duplo álbum retrospectivo da sua carreira, com o mesmo nome. Ao todo são 19 temas gravados entre 1971 e 1984, a que se junta o inédito "Guerra e Paz".
Em 1986 compõe o tema "Dor d’Alma", interpretado por Anamar, para o filme de José Nascimento "Reporter X". Sérgio viria a incluí-lo no seu próximo álbum, "Na Vida Real", editado em 1987. Em 1988 surge o disco com o título "Sérgio Godinho Canta Com os Amigos de Gaspar", que inclui as canções escritas para a série infantil "Os Amigos de Gaspar", da RTP. 1989 é o ano de "Aos Amores", primeiro álbum de Sérgio para a EMI-Valentim de Carvalho, que viria a vencer o Prémio José Afonso, instituído pela Câmara Municipal da Amadora.
Em Abril de 1990 inicia uma série de concertos sob o título "Escritor de Canções", no Auditório do Instituto Franco-Português, em Lisboa. Este espectáculo sobe 20 vezes à cena, no período de um mês, dirigido por Ricardo Pais e com direcção musical de Manuel Faria, dos Trovante. Meses mais tarde, "Escritor de Canções" resulta num duplo álbum. Após apresentação de "Escritor de Canções" em Macau, Bombaim e Goa no início do ano de 1991, a RTP exibe a série "Luz na Sombra", seis programas sobre as profissões menos visíveis do mundo da música, com autoria e apresentação de Sérgio Godinho.
Em 1993 edita "Tinta Permanente" em que colaboram Teresa Salgueiro (Madredeus), Filipa Pais (Lua Extravagante), Dora e Sandra Fidalgo (Delfins). No fim do ano apresenta o concerto "A Face Visível " no Teatro Rivoli, no Porto e Teatro Municipal de São Luís, em Lisboa. "Tinta Permanente" recebe o Prémio José Afonso de 1994 relativo ao melhor álbum de música portuguesa do ano. Ainda em 1994 actua no Coliseu de Lisboa num concerto com direcção musical de João Paulo Esteves da Silva e em que participam os Sitiados, Jorge Palma e Filipa Pais.
No fim de 1995 - após participar no projecto "Espanta Espíritos" no tema "Apenas um Irmão", em dueto com Pacman (Da Weasel) e o rapper Boss AC - é editado o álbum ao vivo "Noites Passadas - O Melhor de Sérgio Godinho ao Vivo", com gravações dos concertos realizados no São Luís, em 1993 e no Coliseu de Lisboa, em 1994. Em Março de 1996 actua no Ritz Club com Manuel Faria no piano e Ricardo Rocha na guitarra portuguesa. Em Maio, volta aos concertos no Coliseu do Porto.
Em Fevereiro de 1997 Sérgio inicia as gravações de "Domingo no Mundo" tendo sido editado em 2 de Junho desse mesmo ano. A sua edição constituiu - e continua a constituir - êxito assinalável, especialmente nas suas apresentações em público.
Tudo começou assim:
Biografia "roubada" daqui
LIBERDADE
Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quando não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve a vida parada
só se quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. Com apenas 18 anos de idade parte para o estrangeiro. Primeiro destino: Suiça, onde estuda psicologia durante dois anos. Mais tarde muda-se para França. Vive o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte integra a produção francesa do musical "Hair", onde se mantém por dois anos. Em Paris priva com outros músicos portugueses, como Luís Cília e José Mário Branco. Sérgio Godinho ensaiava então as suas primeiras composições, na altura em francês.
Em 1971 participa no álbum de estreia a solo de José MárioBranco, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", como músico e como autor de quatro letras. É ainda neste ano que Sérgio faz a sua estreia discográfica, com o seu primeiro longa-duração, "Os Sobreviventes", e com a edição do EP "Romance de Um Dia na Estrada". Recebe o prémio da Imprensa para "Melhor Autor do Ano" e, no ano seguinte, com "Sobreviventes" - que três dias após a sua edição é interditado, depois autorizado, depois novamente interditado - é eleito "Melhor Disco do Ano".
Em 1972, Sérgio apresenta um novo álbum, "Pré-Histórias", que inclui um dos temas mais emblemáticos da sua carreira: "A Noite Passada". Volta a colaborar como letrista no segundo álbum de José Mário Branco, "Margem de Certa Maneira". No ano seguinte, muda-se para o Canadá, onde integra a companhia de teatro Genesis. É neste país que Sérgio recebe a notícia do 25 de Abril. Regressa a Portugal. Já no nosso país edita o terceiro álbum de originais: "À Queima-Roupa".
Em 1975 participa, com José Mário Branco e Fausto, na banda sonora do filme de Luís Galvão Teles, "A Confederação". No ano seguinte escreve a canção-tema do filme de José Fonseca e Costa "Os Demónios de Alcácer Quibir", onde participa como actor. Este tema viria a ser incluído no seu novo álbum, "De Pequenino se Torce o Destino" (1976).
Em 1977 volta a colaborar num filme. Desta vez, com dois temas na banda sonora de "Nós Por Cá Todos Bem", realizado por Fernando Lopes. O seu quinto álbum de originais, "Pano-Crú", é editado no ano seguinte. Novo ano (1979), novo álbum: "Campolide", que viria a ser premiado com o "Prémio da Crítica Música & Som" para melhor album de música portuguesa desse ano.
Em 1980 Sérgio volta a colaborar com o realizador José Fonseca e Costa, desta vez no clássico do cinema português, "Kilas, o Mau da Fita". O álbum com a banda sonora do filme é editado nesse mesmo ano. "Canto da Boca", novo álbum de originais, é também editado em 80, tendo recebido o prémio de "Melhor Disco Potuguês ddo Ano", atribuído pela Casa da Imprensa e, ainda, o Sete de Ouro para o "Melhor Cantor Português do Ano".
Em Setembro de 1983 edita "Coincidências". Neste álbum conta com a participação de nomes grandes da música brasileira como Ivan Lins, Milton Nascimento e Chico Buarque. Um ano mais tarde, Sérgio Godinho regressa com "Salão de Festas", de onde emergem os temas "Quimera do Ouro" e "Coro das Velhas".
Em Julho de 1985, coincidindo com os concertos nos Coliseus de Lisboa e do Porto sob o título "Era Uma Vez Um Rapaz", edita um duplo álbum retrospectivo da sua carreira, com o mesmo nome. Ao todo são 19 temas gravados entre 1971 e 1984, a que se junta o inédito "Guerra e Paz".
Em 1986 compõe o tema "Dor d’Alma", interpretado por Anamar, para o filme de José Nascimento "Reporter X". Sérgio viria a incluí-lo no seu próximo álbum, "Na Vida Real", editado em 1987. Em 1988 surge o disco com o título "Sérgio Godinho Canta Com os Amigos de Gaspar", que inclui as canções escritas para a série infantil "Os Amigos de Gaspar", da RTP. 1989 é o ano de "Aos Amores", primeiro álbum de Sérgio para a EMI-Valentim de Carvalho, que viria a vencer o Prémio José Afonso, instituído pela Câmara Municipal da Amadora.
Em Abril de 1990 inicia uma série de concertos sob o título "Escritor de Canções", no Auditório do Instituto Franco-Português, em Lisboa. Este espectáculo sobe 20 vezes à cena, no período de um mês, dirigido por Ricardo Pais e com direcção musical de Manuel Faria, dos Trovante. Meses mais tarde, "Escritor de Canções" resulta num duplo álbum. Após apresentação de "Escritor de Canções" em Macau, Bombaim e Goa no início do ano de 1991, a RTP exibe a série "Luz na Sombra", seis programas sobre as profissões menos visíveis do mundo da música, com autoria e apresentação de Sérgio Godinho.
Em 1993 edita "Tinta Permanente" em que colaboram Teresa Salgueiro (Madredeus), Filipa Pais (Lua Extravagante), Dora e Sandra Fidalgo (Delfins). No fim do ano apresenta o concerto "A Face Visível " no Teatro Rivoli, no Porto e Teatro Municipal de São Luís, em Lisboa. "Tinta Permanente" recebe o Prémio José Afonso de 1994 relativo ao melhor álbum de música portuguesa do ano. Ainda em 1994 actua no Coliseu de Lisboa num concerto com direcção musical de João Paulo Esteves da Silva e em que participam os Sitiados, Jorge Palma e Filipa Pais.
No fim de 1995 - após participar no projecto "Espanta Espíritos" no tema "Apenas um Irmão", em dueto com Pacman (Da Weasel) e o rapper Boss AC - é editado o álbum ao vivo "Noites Passadas - O Melhor de Sérgio Godinho ao Vivo", com gravações dos concertos realizados no São Luís, em 1993 e no Coliseu de Lisboa, em 1994. Em Março de 1996 actua no Ritz Club com Manuel Faria no piano e Ricardo Rocha na guitarra portuguesa. Em Maio, volta aos concertos no Coliseu do Porto.
Em Fevereiro de 1997 Sérgio inicia as gravações de "Domingo no Mundo" tendo sido editado em 2 de Junho desse mesmo ano. A sua edição constituiu - e continua a constituir - êxito assinalável, especialmente nas suas apresentações em público.
Tudo começou assim:
Biografia "roubada" daqui
LIBERDADE
Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quando não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve a vida parada
só se quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA (5.4.3.) – CATEGORIAS DE BLOGS
.
It's all the way down!
Nos primórdios da blogosfera os weblogs eram compostos apenas por textos, mas como já puderam verificar neste momento já é possível compor o blog com som e fotografia.
Do interesse pela fotografia surgiram os FOTOBLOGS e para os quais já existem vários sistemas para a criação deste tipo de formato. Mas novidades, novidades são estes dois , Chromasia, Photoblogs, o último com muitas notícias sobre este formato. Um muito obrigado ao Substrato!!
For sure you can´t understand Portuguese, and obviously you wont get the meaning of this post, but I’ll give it to you…I’M FLABERGASTED WITH YOUR PICTURES. Greetings!!!
It's all the way down!
Nos primórdios da blogosfera os weblogs eram compostos apenas por textos, mas como já puderam verificar neste momento já é possível compor o blog com som e fotografia.
Do interesse pela fotografia surgiram os FOTOBLOGS e para os quais já existem vários sistemas para a criação deste tipo de formato. Mas novidades, novidades são estes dois , Chromasia, Photoblogs, o último com muitas notícias sobre este formato. Um muito obrigado ao Substrato!!
For sure you can´t understand Portuguese, and obviously you wont get the meaning of this post, but I’ll give it to you…I’M FLABERGASTED WITH YOUR PICTURES. Greetings!!!
CATÁSTROFE NA COREIA DO NORTE
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Com bastante atraso na difusão da notícia, as autoridades Norte-Coreanas emitem informações contraditórias sobre a colisão de dois comboios muito perto da fronteira chinesa.
Com bastante atraso na difusão da notícia, as autoridades Norte-Coreanas emitem informações contraditórias sobre a colisão de dois comboios muito perto da fronteira chinesa.
UM LIVRO! PORQUE HOJE É O DIA MUNDIAL
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MICHAEL MOORE - BRANCOS ESTÚPIDOS E OUTRAS DESCULPAS ESFARRAPADAS PARA O ESTADO DA NAÇÃO
EDITORA : TEMAS E DEBATES
Do mais célebre provocador da América acabei de ler este livro que desmonta toda a trama que originou a chegada ao poder de Bush júnior e quem foram os estrategas do golpe. Diz-nos que por alguns dias, Ralph Nader foi o homem mais importante da América e arreia pau em democratas e republicanos, não necessariamente nesta ordem. Com ele aprendí também imensas coisas: os nomes dos líderes das 50 maiores nações do mundo (coisa que sai sempre em qualquer concurso!), como gastar menos gasolina (não tenho carro,mas um pouco de sabedoria nunca fez mal a ninguém!), como sobreviver ao aquecimento global (digam lá que isto não é importante!). Já comprastes Linx ?
MICHAEL MOORE - BRANCOS ESTÚPIDOS E OUTRAS DESCULPAS ESFARRAPADAS PARA O ESTADO DA NAÇÃO
EDITORA : TEMAS E DEBATES
Do mais célebre provocador da América acabei de ler este livro que desmonta toda a trama que originou a chegada ao poder de Bush júnior e quem foram os estrategas do golpe. Diz-nos que por alguns dias, Ralph Nader foi o homem mais importante da América e arreia pau em democratas e republicanos, não necessariamente nesta ordem. Com ele aprendí também imensas coisas: os nomes dos líderes das 50 maiores nações do mundo (coisa que sai sempre em qualquer concurso!), como gastar menos gasolina (não tenho carro,mas um pouco de sabedoria nunca fez mal a ninguém!), como sobreviver ao aquecimento global (digam lá que isto não é importante!). Já comprastes Linx ?
WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA (5.4.2.) – CATEGORIAS DE BLOGS
.
Noutro tipo de categoria estão os weblogs diários e os analíticos. Os weblogs diários descrevem o quotidiano de uma ou váriaspessoas e são habitualmente visitados por um grupo muito restrito de pessoas, quase sempre conhecidos, amigos ou parentes. Uma modalidade muito à maneira de quem descreve as suas aventuras juvenis. Os analíticos são os mais populares porque explicitam as análises, reflexões, interpretações da conjuntura Nacional e Internacional. Este foi o meio que permitiu a expansão do jornalismo amador.
O 11 de Setembro de 2001 foi o factor crucial para a explosão desta categoria.
Ainda hoje escrevo sobre os Fotoblogs, uma categoria muito do meu agrado, e que fiz agradáveis descobertas.
Noutro tipo de categoria estão os weblogs diários e os analíticos. Os weblogs diários descrevem o quotidiano de uma ou váriaspessoas e são habitualmente visitados por um grupo muito restrito de pessoas, quase sempre conhecidos, amigos ou parentes. Uma modalidade muito à maneira de quem descreve as suas aventuras juvenis. Os analíticos são os mais populares porque explicitam as análises, reflexões, interpretações da conjuntura Nacional e Internacional. Este foi o meio que permitiu a expansão do jornalismo amador.
O 11 de Setembro de 2001 foi o factor crucial para a explosão desta categoria.
Ainda hoje escrevo sobre os Fotoblogs, uma categoria muito do meu agrado, e que fiz agradáveis descobertas.
WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA (5.4.1.) – CATEGORIAS DE BLOGS
.
A partir deste momento esta saga pretende caracterizar ou categorizar ou catalogar alguns tipos de blogs a nível de formato. Numa primeira caracterização surgem os blogs individuais e os colectivos, e a realçar nestes grupos é o facto de inicialmente os weblogs serem maioritariamente publicados por um só autor. Só à posteriori surgiram os weblogs colectivos, que com maior facilidade garantem permanente actualização, "isperto pá"!!
A partir deste momento esta saga pretende caracterizar ou categorizar ou catalogar alguns tipos de blogs a nível de formato. Numa primeira caracterização surgem os blogs individuais e os colectivos, e a realçar nestes grupos é o facto de inicialmente os weblogs serem maioritariamente publicados por um só autor. Só à posteriori surgiram os weblogs colectivos, que com maior facilidade garantem permanente actualização, "isperto pá"!!
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA
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Esta troca de posts com Manuel lembrar-me uma célebre entrevista que a actual Pivot da TVI fez ao ícone do futebol português de há uns 10, 15 anos atrás, a propósito da sua contratação pelo SLB.
- Paulo Futre, quanto vai ganhar?
- Manuela e tu, quanto ganhas?
- Cof, cof, 300, cof, cof, Mil, cof, cof, Escudos mensais.
Isto é, em ambas as situações fazem-se perguntas indiscretas, e o interlocutor que gera o diálogo engasga-se. O Manuel que se tranquilize porque eu não vou perguntar quanto ganha, e também não queria saber em quem vota, simplesmente indignei-me com tanta indecisão, para além de achar que restavam poucas alternativas há esquerda. Contudo, vou responder à tua pergunta, e cof, cof, as minhas raízes cof,cof, não me permitem, cof, cof, transpor o I para a direita do segundo X cof, cof, ...traduzindo em miudos não consigo passar do sec. XIX para o sec. XXI.
De facto não tenho essa visão de voto útil ou estratégico ou de quem apresentar melhor programa eleitoral. O meu sentido de voto orienta-se pelas linhas mestras de um Partido. Tenho a predisposição para acreditar em partidos em que a sua vertente social parte do dogma e não seja apenas recurso de campanha eleitoral - eu sei que este é um argumento fácil de rebater mas foi por este motivo que atribuí o titulo ao actual post. Não suporto partidos que ostentam nas suas siglas “Sociais Democracias” e “Socialismos” e praticam o politicas perfeitamente Neo-Liberais.
Por isso e meu voto é sensível a questões como: amarfanhar Pacto de Estabilidade com um Pacto de Progresso Social e de Emprego, o qual dá prioridade aos critérios sociais, ao emprego com direitos, ao relançamento dos investimentos públicos, designadamente nas ferrovias, na saúde, ambiente, formação, educação e investigação científica (não estou a fazer propaganda política, garanto). O meu voto também é sensível à tentativa de desmascarar a falsas vitórias no sector da agricultura exaltadas pelo actual governo, e à preocupação da perca de soberania das águas territoriais que dificulta a tarefa da precária frota pesqueira nacional, embora tenha consciência que a exclusividade das 200 milhas não é suficiente para colocar no mercado o peixe a preços competitivos,...pois se os submarinos não pescassem dava cá um jeito do caraças!!!
Só para acabar acho importante sublinhar que o meu sentido de voto não expressa o sentido de voto da malta do Nelsu. Eu bem tento evangelizar mas está difícil.
Esta troca de posts com Manuel lembrar-me uma célebre entrevista que a actual Pivot da TVI fez ao ícone do futebol português de há uns 10, 15 anos atrás, a propósito da sua contratação pelo SLB.
- Paulo Futre, quanto vai ganhar?
- Manuela e tu, quanto ganhas?
- Cof, cof, 300, cof, cof, Mil, cof, cof, Escudos mensais.
Isto é, em ambas as situações fazem-se perguntas indiscretas, e o interlocutor que gera o diálogo engasga-se. O Manuel que se tranquilize porque eu não vou perguntar quanto ganha, e também não queria saber em quem vota, simplesmente indignei-me com tanta indecisão, para além de achar que restavam poucas alternativas há esquerda. Contudo, vou responder à tua pergunta, e cof, cof, as minhas raízes cof,cof, não me permitem, cof, cof, transpor o I para a direita do segundo X cof, cof, ...traduzindo em miudos não consigo passar do sec. XIX para o sec. XXI.
De facto não tenho essa visão de voto útil ou estratégico ou de quem apresentar melhor programa eleitoral. O meu sentido de voto orienta-se pelas linhas mestras de um Partido. Tenho a predisposição para acreditar em partidos em que a sua vertente social parte do dogma e não seja apenas recurso de campanha eleitoral - eu sei que este é um argumento fácil de rebater mas foi por este motivo que atribuí o titulo ao actual post. Não suporto partidos que ostentam nas suas siglas “Sociais Democracias” e “Socialismos” e praticam o politicas perfeitamente Neo-Liberais.
Por isso e meu voto é sensível a questões como: amarfanhar Pacto de Estabilidade com um Pacto de Progresso Social e de Emprego, o qual dá prioridade aos critérios sociais, ao emprego com direitos, ao relançamento dos investimentos públicos, designadamente nas ferrovias, na saúde, ambiente, formação, educação e investigação científica (não estou a fazer propaganda política, garanto). O meu voto também é sensível à tentativa de desmascarar a falsas vitórias no sector da agricultura exaltadas pelo actual governo, e à preocupação da perca de soberania das águas territoriais que dificulta a tarefa da precária frota pesqueira nacional, embora tenha consciência que a exclusividade das 200 milhas não é suficiente para colocar no mercado o peixe a preços competitivos,...pois se os submarinos não pescassem dava cá um jeito do caraças!!!
Só para acabar acho importante sublinhar que o meu sentido de voto não expressa o sentido de voto da malta do Nelsu. Eu bem tento evangelizar mas está difícil.
quinta-feira, abril 22, 2004
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - IV
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José Mário Branco é um autor, compositor e intérprete, que, na linha de José Afonso, renovou a canção portuguesa nos anos 60 e 70.
José Mário nasce no Porto, em Maio de 1942, revelando, desde cedo, talento para a música. Envolve-se, mais tarde, em inúmeros projectos, não só na área da música, como no teatro, cinema, acção cultural e intervenção política. O seu percurso artístico esteve, aliás, sempre ligado à consciência e acção revolucionária portuguesa.
Exila-se em França entre 1963 e 1974, fundando aí a cooperativa cultural Groupe Organon. Em 1965, cria o primeiro grupo de teatro amador português em França, o Grupo de Teatro da Liga, e dirige ainda a primeira experiência de pré-animação cultural da Ville Nouvelle de Saint-Quentin-en-Yvelines, onde cria e interpreta vários espectáculos. Ainda no exílio, dá uma série de recitais um pouco por toda a Europa. José Mário compõe e interpreta, também, música para muitas peças de teatro e filmes, tanto em França como em Portugal. Pelo meio, edita o seu álbum de estreia "Mudam-se Os Tempos, Mudam-se As Vontades", em 1971.
Em 1974, regressa ao nosso país e funda o Grupo de Acção Cultural, que realiza mais de 500 espectáculos por Portugal e pelo estrangeiro.
Em 1977, integra a companhia de Teatro da Comuna, onde permanece como músico e actor até 1979, destacando-se como co-criador de espectáculos como "A Mãe" e "Homem Morto, Homem Posto", de Bertold Brecht. Após esta experiência, funda o Teatro do Mundo, onde tem uma acção de relevo.
Embora esteja sem gravar nesta época, nunca se afasta demasiado da música e recebe em 1980, o prémio da crítica para a melhor orquestração do Festival RTP da Canção, com o tema "Página Em Branco", repetindo o feito em 1981 com a canção "Tanto E Tão Pouco".
Em 1983 fundou, juntamente com outros artistas, a União Portuguesa de Artistas e Variedades, da qual se afasta em 1993.
Em 1994, realiza o espectáculo "Maio Maduro Maio", onde, juntamente com Amélia Muge e João Afonso, interpreta temas de José Afonso, numa actuação que recebe a aclamação do público, quer em Portugal, quer no estrangeiro, e que resulta na edição, no ano seguinte, de um CD duplo.
Em 1997, estreou no Centro Cultural de Belém novo espectáculo, que contou com a participação dos músicos José Peixoto, Carlos Bica, Rui Júnior e João Pires, e ainda dos Tetvocal. Após as apresentações no Coliseu do Porto, Teatro da Trindade e Teatro Gil Vicente, é editado o duplo CD: "José Mário Branco - Ao Vivo em 1997".
No ano seguinte, além de continuar a apresentar-se ao vivo no nosso país, produz os álbuns "Na Linha Da Vida", de Camané, e "Taco A Taco", de Amélia Muge. Recebe ainda o Prémio Carreira do jornal Blitz. E o ano não acaba sem que José Mário participe no Festival de Outono no Teatro Camões, realizando ainda um show em parceria com Jean Sommer (seu companheiro de exílio e autor da música do tema "Mudam-se Os Tempos, Mudam-se As Vontades").
Em seguida, prepara o espectáculo "As Margens Da Alegria", inserido nas Comemorações do 25º aniversário do 25 de Abril, que contou com as colaborações de Amélia Muge, Gaiteiros de Lisboa, Canto Nono, O Ó Que Som Tem e Orquestra Tocá Rufar.
Discografia
A biografia veio daqui.
José Mário Branco é um autor, compositor e intérprete, que, na linha de José Afonso, renovou a canção portuguesa nos anos 60 e 70.
José Mário nasce no Porto, em Maio de 1942, revelando, desde cedo, talento para a música. Envolve-se, mais tarde, em inúmeros projectos, não só na área da música, como no teatro, cinema, acção cultural e intervenção política. O seu percurso artístico esteve, aliás, sempre ligado à consciência e acção revolucionária portuguesa.
Exila-se em França entre 1963 e 1974, fundando aí a cooperativa cultural Groupe Organon. Em 1965, cria o primeiro grupo de teatro amador português em França, o Grupo de Teatro da Liga, e dirige ainda a primeira experiência de pré-animação cultural da Ville Nouvelle de Saint-Quentin-en-Yvelines, onde cria e interpreta vários espectáculos. Ainda no exílio, dá uma série de recitais um pouco por toda a Europa. José Mário compõe e interpreta, também, música para muitas peças de teatro e filmes, tanto em França como em Portugal. Pelo meio, edita o seu álbum de estreia "Mudam-se Os Tempos, Mudam-se As Vontades", em 1971.
Em 1974, regressa ao nosso país e funda o Grupo de Acção Cultural, que realiza mais de 500 espectáculos por Portugal e pelo estrangeiro.
Em 1977, integra a companhia de Teatro da Comuna, onde permanece como músico e actor até 1979, destacando-se como co-criador de espectáculos como "A Mãe" e "Homem Morto, Homem Posto", de Bertold Brecht. Após esta experiência, funda o Teatro do Mundo, onde tem uma acção de relevo.
Embora esteja sem gravar nesta época, nunca se afasta demasiado da música e recebe em 1980, o prémio da crítica para a melhor orquestração do Festival RTP da Canção, com o tema "Página Em Branco", repetindo o feito em 1981 com a canção "Tanto E Tão Pouco".
Em 1983 fundou, juntamente com outros artistas, a União Portuguesa de Artistas e Variedades, da qual se afasta em 1993.
Em 1994, realiza o espectáculo "Maio Maduro Maio", onde, juntamente com Amélia Muge e João Afonso, interpreta temas de José Afonso, numa actuação que recebe a aclamação do público, quer em Portugal, quer no estrangeiro, e que resulta na edição, no ano seguinte, de um CD duplo.
Em 1997, estreou no Centro Cultural de Belém novo espectáculo, que contou com a participação dos músicos José Peixoto, Carlos Bica, Rui Júnior e João Pires, e ainda dos Tetvocal. Após as apresentações no Coliseu do Porto, Teatro da Trindade e Teatro Gil Vicente, é editado o duplo CD: "José Mário Branco - Ao Vivo em 1997".
No ano seguinte, além de continuar a apresentar-se ao vivo no nosso país, produz os álbuns "Na Linha Da Vida", de Camané, e "Taco A Taco", de Amélia Muge. Recebe ainda o Prémio Carreira do jornal Blitz. E o ano não acaba sem que José Mário participe no Festival de Outono no Teatro Camões, realizando ainda um show em parceria com Jean Sommer (seu companheiro de exílio e autor da música do tema "Mudam-se Os Tempos, Mudam-se As Vontades").
Em seguida, prepara o espectáculo "As Margens Da Alegria", inserido nas Comemorações do 25º aniversário do 25 de Abril, que contou com as colaborações de Amélia Muge, Gaiteiros de Lisboa, Canto Nono, O Ó Que Som Tem e Orquestra Tocá Rufar.
Discografia
A biografia veio daqui.
quarta-feira, abril 21, 2004
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - III
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"Considero-me legítimo herdeiro de Edmundo Bettencourt e de Menano, que são os homens do fado de Coimbra. Toda a grande música que se faz hoje e que está preocupada em não abandonar a matriz da música tradicional começou em Coimbra, dentro das universidades. A que nasceu fora das universidades desembocou numa desgraça, mas isso é outra coisa, é música de feira". O autor destas palavras é Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, nascido em Novembro de 1948 em pleno Oceano Atlântico, a bordo do navio Pátria que navegava entre Portugal e Angola.
Fausto, por muitos considerado o mais importante compositor vivo da música popular portuguesa, teve um início de carreira recheado de indecisões. Estudante do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU), é em plena vida académica que grava o primeiro 45 rotações, a que se segue o álbum homónimo, Fausto.
Em declarações proferidas à revista Flama em 1970, Fausto hesita ainda na continuidade do trabalho musical: "nunca acreditei muito na minha voz, nem ainda hoje acredito. Já pensei várias vezes na data em que vou largar "isto". (...) Dizem-me que devo continuar, mas não sei bem se será até no próximo mês de Junho que porei o ponto final. Depois, cantarei apenas para os amigos e para mim próprio".
A realidade dos factos (e dos anos entretanto passados) encarregou-se de desfazer as dúvidas do então jovem estudante. Eleito presidente da direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado no cargo pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político da sua actividade musical. E, como castigo, é chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Em resultado, Fausto recusa-se a comparecer no quartel e é considerado refractário.
Vivendo quase clandestino, Fausto faz grande parte das gravações do seu segundo LP, P'ró Que Der e Vier, em Madrid. Nele, inclui letras de Eugênio de Andrade e Mário Henrique Leiria, num todo de características políticas muito acentuadas.
Com o 25 de Abril, Fausto acompanha a actividade frenética dos cantores de resistência ao regime deposto. É arranjador e produtor em Coro dos Tribunais (1974), Enquanto Há Força (1978) e Como se Fora seu Filho (1983), de José Afonso, em Que Nunca Mais (1975) e Cantigas Portuguesas (1980), de Adriano Correia de Oliveira.
É um dos fundadores do Colectivo de Acção Cultural - CAC, com os artistas já referidos e José Mário Branco, Luís Cília, Tino Flores e outros. E, em 1975, edita o seu segundo LP, Um Beco Com Saída.
Após o período mais quente da revolução, Fausto assiste ao que considera ser uma invasão do nosso país pela música anglo-saxónica. Reage: "sempre me opus e resisti à tirania do rock e do pop em Portugal pelo que isso representa de normalização da música". E dá a sua própria resposta, gravando em 1977 Madrugada dos Trapeiros, um dos discos fundadores da nova música popular portuguesa.
A sua crescente importância no panorama musical da época mede-se pelo convite inédito feito por José Afonso para comporem em conjunto, de que resultam os temas A Acupunctura em Odemira e Eu, o Povo. Por essa altura, Fausto começa a interessar-se pela temática dos descobrimentos portugueses. O seu álbum Histórias de Viageiros (1979) é o primeiro reflexo deste novo rumo na obra do autor. Uma espécie de prefácio do grande momento da sua obra, Por Este Rio Acima.
Em Por Este Rio Acima (1982), e a partir das crónicas de Fernão Mendes Pinto, o principal cronista dos descobrimentos, Fausto traça um retrato da sociedade portuguesa, procurando os pontos de confluência entre a época das naus e caravelas e os dias de hoje.
A esse propósito, o autor afirma: "Canto o lado do povo anónimo que ia nos barcos, não o dos heróis. Canto o outro lado da História, o lado mais humano. Não falo do passado. Falo da actualidade e curiosamente há pontos em comum".
O disco, duplo, conhece um êxito sem precedentes na carreira do autor e dá origem a um novo ciclo da música popular portuguesa. Houve quem dissesse, acerca de Por Este Rio Acima, que era impossível o autor voltar a fazer melhor. Fausto não se conforma: "Habituei-me à presença incómoda dessa obra. Mas acuso o espírito conservador dessas pessoas. Quem nos amarra não é mais que uma geração, as outras descobrem coisas novas".
Convidado pela editora a prosseguir o tema, Fausto impõe um período de trabalho de dez anos entre cada registo da trilogia da diáspora marítima portuguesa. Na realidade, entre Por Este Rio Acima e Crónicas da Terra Ardente (1994) distam doze anos.
Em 1985 editará O Despertar dos Alquimistas, grande painel sonoro onde é central o tema da realidade e da utopia. Dois anos depois, com Para Além das Cordilheiras, Fausto percorre uma estrada musical entre Lisboa e Berlim, numa viagem simbólica do regresso de Portugal à Europa. Com A Preto e Branco (1989), as canções africanas da sua adolescência são de novo interpretadas, num reencontro com a música angolana.
Em 1996, Fausto sintetizou, numa antologia, os temas fundamentais da sua obra. No álbum duplo Atrás dos Tempos Vêm Tempos, 27 das suas principais canções são apresentadas ao público regravadas e rearranjadas, com a colaboração de músicos da nova geração. O público reagiu positivamente e o álbum atingiu vendas superiores a 20 mil exemplares, sendo Disco de Ouro.
O país reconhece, em 1997, a importância de Fausto, através da Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, que o convida para dar um concerto comemorativo dos 500 anos da partida de Vasco da Gama para a India, a 8 de Julho desse ano.
Extraído daqui
"Considero-me legítimo herdeiro de Edmundo Bettencourt e de Menano, que são os homens do fado de Coimbra. Toda a grande música que se faz hoje e que está preocupada em não abandonar a matriz da música tradicional começou em Coimbra, dentro das universidades. A que nasceu fora das universidades desembocou numa desgraça, mas isso é outra coisa, é música de feira". O autor destas palavras é Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, nascido em Novembro de 1948 em pleno Oceano Atlântico, a bordo do navio Pátria que navegava entre Portugal e Angola.
Fausto, por muitos considerado o mais importante compositor vivo da música popular portuguesa, teve um início de carreira recheado de indecisões. Estudante do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU), é em plena vida académica que grava o primeiro 45 rotações, a que se segue o álbum homónimo, Fausto.
Em declarações proferidas à revista Flama em 1970, Fausto hesita ainda na continuidade do trabalho musical: "nunca acreditei muito na minha voz, nem ainda hoje acredito. Já pensei várias vezes na data em que vou largar "isto". (...) Dizem-me que devo continuar, mas não sei bem se será até no próximo mês de Junho que porei o ponto final. Depois, cantarei apenas para os amigos e para mim próprio".
A realidade dos factos (e dos anos entretanto passados) encarregou-se de desfazer as dúvidas do então jovem estudante. Eleito presidente da direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado no cargo pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político da sua actividade musical. E, como castigo, é chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Em resultado, Fausto recusa-se a comparecer no quartel e é considerado refractário.
Vivendo quase clandestino, Fausto faz grande parte das gravações do seu segundo LP, P'ró Que Der e Vier, em Madrid. Nele, inclui letras de Eugênio de Andrade e Mário Henrique Leiria, num todo de características políticas muito acentuadas.
Com o 25 de Abril, Fausto acompanha a actividade frenética dos cantores de resistência ao regime deposto. É arranjador e produtor em Coro dos Tribunais (1974), Enquanto Há Força (1978) e Como se Fora seu Filho (1983), de José Afonso, em Que Nunca Mais (1975) e Cantigas Portuguesas (1980), de Adriano Correia de Oliveira.
É um dos fundadores do Colectivo de Acção Cultural - CAC, com os artistas já referidos e José Mário Branco, Luís Cília, Tino Flores e outros. E, em 1975, edita o seu segundo LP, Um Beco Com Saída.
Após o período mais quente da revolução, Fausto assiste ao que considera ser uma invasão do nosso país pela música anglo-saxónica. Reage: "sempre me opus e resisti à tirania do rock e do pop em Portugal pelo que isso representa de normalização da música". E dá a sua própria resposta, gravando em 1977 Madrugada dos Trapeiros, um dos discos fundadores da nova música popular portuguesa.
A sua crescente importância no panorama musical da época mede-se pelo convite inédito feito por José Afonso para comporem em conjunto, de que resultam os temas A Acupunctura em Odemira e Eu, o Povo. Por essa altura, Fausto começa a interessar-se pela temática dos descobrimentos portugueses. O seu álbum Histórias de Viageiros (1979) é o primeiro reflexo deste novo rumo na obra do autor. Uma espécie de prefácio do grande momento da sua obra, Por Este Rio Acima.
Em Por Este Rio Acima (1982), e a partir das crónicas de Fernão Mendes Pinto, o principal cronista dos descobrimentos, Fausto traça um retrato da sociedade portuguesa, procurando os pontos de confluência entre a época das naus e caravelas e os dias de hoje.
A esse propósito, o autor afirma: "Canto o lado do povo anónimo que ia nos barcos, não o dos heróis. Canto o outro lado da História, o lado mais humano. Não falo do passado. Falo da actualidade e curiosamente há pontos em comum".
O disco, duplo, conhece um êxito sem precedentes na carreira do autor e dá origem a um novo ciclo da música popular portuguesa. Houve quem dissesse, acerca de Por Este Rio Acima, que era impossível o autor voltar a fazer melhor. Fausto não se conforma: "Habituei-me à presença incómoda dessa obra. Mas acuso o espírito conservador dessas pessoas. Quem nos amarra não é mais que uma geração, as outras descobrem coisas novas".
Convidado pela editora a prosseguir o tema, Fausto impõe um período de trabalho de dez anos entre cada registo da trilogia da diáspora marítima portuguesa. Na realidade, entre Por Este Rio Acima e Crónicas da Terra Ardente (1994) distam doze anos.
Em 1985 editará O Despertar dos Alquimistas, grande painel sonoro onde é central o tema da realidade e da utopia. Dois anos depois, com Para Além das Cordilheiras, Fausto percorre uma estrada musical entre Lisboa e Berlim, numa viagem simbólica do regresso de Portugal à Europa. Com A Preto e Branco (1989), as canções africanas da sua adolescência são de novo interpretadas, num reencontro com a música angolana.
Em 1996, Fausto sintetizou, numa antologia, os temas fundamentais da sua obra. No álbum duplo Atrás dos Tempos Vêm Tempos, 27 das suas principais canções são apresentadas ao público regravadas e rearranjadas, com a colaboração de músicos da nova geração. O público reagiu positivamente e o álbum atingiu vendas superiores a 20 mil exemplares, sendo Disco de Ouro.
O país reconhece, em 1997, a importância de Fausto, através da Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, que o convida para dar um concerto comemorativo dos 500 anos da partida de Vasco da Gama para a India, a 8 de Julho desse ano.
Extraído daqui
terça-feira, abril 20, 2004
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - II
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Foi, juntamente com José Afonso, o iniciador do movimento de renovação da música em Portugal que ficaria conhecido como "balada". Adriano será um dos criadores da nova matriz que domina criativamente a partir de meados da década de sessenta.
É ele mesmo que, consciente da importância do que estava a nascer, afirma à Flama, em Julho de 1969 "O que eu pretendo fazer é, honestamente, tentar um caminho, que não seja o único, de renovar a música portuguesa, dando às pessoas algo mais que as "chachadas" alienatórias que por aí se cantam."
Sem formação musical específica, Adriano Correia de Oliveira interpretou, contudo, algumas das mais importantes canções contemporâneas, entre as quais aquela que mais o celebrizou, Trova do Vento que Passa.
De personalidade exigente e rigorosa, Adriano cantou os melhores poetas (ele é, por exemplo, o grande intérprete de Manuel Alegre). Eleitos os poemas, seguia-se um exaustivo trabalho de composição ("Algumas das melodias que canto foram duramente construídas").
O seu "corpo grande, desenvolto, metido numas calças e num camisolão" ficou conhecido de todo o país na primeira emissão do Zip-Zip. É imediatamente convidado para fazer um TV Clube, que dedicava cada emissão a um único intérprete. Apresentou oito canções, sendo uma censurada. Recusou fazer o programa.
É, aliás, assinalável a intransigência com que enfrentou a Censura e os diversos poderes do anterior regime.
Determinante na formação de toda uma geração de compositores e intérpretes, Adriano Correia de Oliveira empenhou-se no combate político e cultural, antes e depois do 25 de Abril, até à sua morte, em 1982. Permanece como um dos artistas mais importantes da segunda metade deste século.
MARCOS PRINCIPAIS DA CARREIRA:
1959 Vai para Coimbra, estudar Direito. Liga-se aos meios fadistas da Academia.
1960 Primeiro disco: o EP Noites de Coimbra. Seguem-se outros três EP's. Estes quatro trabalhos são reeditados em 1973, no álbum Fados de Coimbra.
1964 Viagem a Paris. Conhece Luís Cília. Envolve-se cada vez mais no combate político.
1967 Grava, com o seu nome no título genérico, o álbum hoje disponível como Trova do Vento Que Passa.
1969 É editado O Canto e as Armas, álbum quase todo dedicado à poesia de Manuel Alegre.
1970 Sai Cantaremos, com o histórico tema Cantar de Emigração.
1971 Inteiramente musicado por José Niza, é editado o célebre álbum Gente de Aqui e de Agora.
1975 Sobre poemas de Manuuel da Fonseca, edita Que Nunca Mais. Desenvolve intensa actividade de agitação política e de animação cultural.
1979 É fundador da cooperativa Cantarabril, de onde é obrigado a sair dois anos depois, num processo que lhe causou bastante sofrimento.
1980 Edita Cantigas Portuguesas. 1982 Morre aos 40 anos.
Obrigado a estes e aqueles !
Foi, juntamente com José Afonso, o iniciador do movimento de renovação da música em Portugal que ficaria conhecido como "balada". Adriano será um dos criadores da nova matriz que domina criativamente a partir de meados da década de sessenta.
É ele mesmo que, consciente da importância do que estava a nascer, afirma à Flama, em Julho de 1969 "O que eu pretendo fazer é, honestamente, tentar um caminho, que não seja o único, de renovar a música portuguesa, dando às pessoas algo mais que as "chachadas" alienatórias que por aí se cantam."
Sem formação musical específica, Adriano Correia de Oliveira interpretou, contudo, algumas das mais importantes canções contemporâneas, entre as quais aquela que mais o celebrizou, Trova do Vento que Passa.
De personalidade exigente e rigorosa, Adriano cantou os melhores poetas (ele é, por exemplo, o grande intérprete de Manuel Alegre). Eleitos os poemas, seguia-se um exaustivo trabalho de composição ("Algumas das melodias que canto foram duramente construídas").
O seu "corpo grande, desenvolto, metido numas calças e num camisolão" ficou conhecido de todo o país na primeira emissão do Zip-Zip. É imediatamente convidado para fazer um TV Clube, que dedicava cada emissão a um único intérprete. Apresentou oito canções, sendo uma censurada. Recusou fazer o programa.
É, aliás, assinalável a intransigência com que enfrentou a Censura e os diversos poderes do anterior regime.
Determinante na formação de toda uma geração de compositores e intérpretes, Adriano Correia de Oliveira empenhou-se no combate político e cultural, antes e depois do 25 de Abril, até à sua morte, em 1982. Permanece como um dos artistas mais importantes da segunda metade deste século.
MARCOS PRINCIPAIS DA CARREIRA:
1959 Vai para Coimbra, estudar Direito. Liga-se aos meios fadistas da Academia.
1960 Primeiro disco: o EP Noites de Coimbra. Seguem-se outros três EP's. Estes quatro trabalhos são reeditados em 1973, no álbum Fados de Coimbra.
1964 Viagem a Paris. Conhece Luís Cília. Envolve-se cada vez mais no combate político.
1967 Grava, com o seu nome no título genérico, o álbum hoje disponível como Trova do Vento Que Passa.
1969 É editado O Canto e as Armas, álbum quase todo dedicado à poesia de Manuel Alegre.
1970 Sai Cantaremos, com o histórico tema Cantar de Emigração.
1971 Inteiramente musicado por José Niza, é editado o célebre álbum Gente de Aqui e de Agora.
1975 Sobre poemas de Manuuel da Fonseca, edita Que Nunca Mais. Desenvolve intensa actividade de agitação política e de animação cultural.
1979 É fundador da cooperativa Cantarabril, de onde é obrigado a sair dois anos depois, num processo que lhe causou bastante sofrimento.
1980 Edita Cantigas Portuguesas. 1982 Morre aos 40 anos.
Obrigado a estes e aqueles !
ESTADO A QUE CHEGÁMOS
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«Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os sociais, os corporativos e o Estado a que chegámos.» Palavras do Capitão Salgueiro Maia. As fotografias são uma cortesia do Grão de Areia.Oh!Oh!
«Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os sociais, os corporativos e o Estado a que chegámos.» Palavras do Capitão Salgueiro Maia. As fotografias são uma cortesia do Grão de Areia.Oh!Oh!
ENQUANTO A FORMIGA BULE (2)
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Depois há sempre um tipo mais esperto que os outros todos. Este post é um prémio ao umbiguismo do autor do AL.
Depois há sempre um tipo mais esperto que os outros todos. Este post é um prémio ao umbiguismo do autor do AL.
ENQUANTO A FORMIGA BULE
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Enquanto a esquerda anda entretida com R’s e outras questões de pequena monta temos gente que se preocupa com problemas de fundo, e há inclusive quem dê conselhos ao primeiro-ministro, «Dr. José Manuel, porque não começar já por aqui?» Continuem a trabalhar porque a retoma está já aí ao virar da esquina.
Enquanto a esquerda anda entretida com R’s e outras questões de pequena monta temos gente que se preocupa com problemas de fundo, e há inclusive quem dê conselhos ao primeiro-ministro, «Dr. José Manuel, porque não começar já por aqui?» Continuem a trabalhar porque a retoma está já aí ao virar da esquina.
QUEM NÃO PODE SAI DE CIMA
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A retirada das tropas portuguesas do Iraque teria o seu significado. Contudo, para a segurança dos iraquianos e afins o seu valor não é representativo. Por isso estas "conices", são daquelas coisas que aqui este cromo também não compreende. Em que pensam os estrategas do PS? Apetece-me dizer: “Quem pode, pode, quem não pode sai de cima”.
Manuel, o teu estado de incerteza coaduna-se perfeitamente com a do PS: Diz lá agora que ninguém nos ouve, chegando à hora da verdade, afinal votas em quem?
A retirada das tropas portuguesas do Iraque teria o seu significado. Contudo, para a segurança dos iraquianos e afins o seu valor não é representativo. Por isso estas "conices", são daquelas coisas que aqui este cromo também não compreende. Em que pensam os estrategas do PS? Apetece-me dizer: “Quem pode, pode, quem não pode sai de cima”.
Manuel, o teu estado de incerteza coaduna-se perfeitamente com a do PS: Diz lá agora que ninguém nos ouve, chegando à hora da verdade, afinal votas em quem?
HE’S BACK
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O Pedro esteve no fio da navalha mas saltou para o lado certo.
«O Pedro recomeçou muito bem», digo «Mas tudo de uma só vez é seria complicado. Falemos agora de coisas terrenas, para quando os textos sobre os Smiths?»
O Pedro esteve no fio da navalha mas saltou para o lado certo.
«O Pedro recomeçou muito bem», digo «Mas tudo de uma só vez é seria complicado. Falemos agora de coisas terrenas, para quando os textos sobre os Smiths?»
LINHAS DE ESQUERDA
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O Linhas já não publica um post há muito tempo, não sei se está morto. Morto não deve estar porque alguns resistentes continuam a tentar reanimá-lo. A esses vai daqui um bem hajam e não desistam.
Ao Jack só posso desejar muita sorte para esta nova etapa "revolucionária" na sua vida. Abraço, Linx.
O Linhas já não publica um post há muito tempo, não sei se está morto. Morto não deve estar porque alguns resistentes continuam a tentar reanimá-lo. A esses vai daqui um bem hajam e não desistam.
Ao Jack só posso desejar muita sorte para esta nova etapa "revolucionária" na sua vida. Abraço, Linx.
WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA (5.3.) – ORIGEM DO TERMO "BLOG"
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Para chegarmos ao termo BLOG vou explanar passo a passo:
ETAPA 0 (Zero): LOG. A origem do termos Blog vem da palavra inglesa log, diário de bordo utilizado por navegadores e aviadores.
ETAPA 1: WEBLOG. Adaptação para o termo weblog foi criada por Jorn Barger, Autor do weblog Robot Wisdom, em Dezembro de 1997, pelo facto de estes serem diários escritos na web.
ETAPA 2: WE BLOG. «Aplicando-lhe um comportamento linguístico do Inglês, uma letra da primeira palavra, o b, passou para a segunda expressão.»
ETAPA 3: BLOG. Finalmente, extraíram-se as duas primeiras letras. Peter Merlholz – Peterme – é considerado o mentor da nova pronúncia da expressão.
Satisfeita esta curiosidade brevemente vou seguir a sequela "WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA", com o ponto "6 CARACTERIZAÇÃO DA BLOGOSFERA".
Fonte: Weblogs – Diário de Bordo.
Para chegarmos ao termo BLOG vou explanar passo a passo:
ETAPA 0 (Zero): LOG. A origem do termos Blog vem da palavra inglesa log, diário de bordo utilizado por navegadores e aviadores.
ETAPA 1: WEBLOG. Adaptação para o termo weblog foi criada por Jorn Barger, Autor do weblog Robot Wisdom, em Dezembro de 1997, pelo facto de estes serem diários escritos na web.
ETAPA 2: WE BLOG. «Aplicando-lhe um comportamento linguístico do Inglês, uma letra da primeira palavra, o b, passou para a segunda expressão.»
ETAPA 3: BLOG. Finalmente, extraíram-se as duas primeiras letras. Peter Merlholz – Peterme – é considerado o mentor da nova pronúncia da expressão.
Satisfeita esta curiosidade brevemente vou seguir a sequela "WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA", com o ponto "6 CARACTERIZAÇÃO DA BLOGOSFERA".
Fonte: Weblogs – Diário de Bordo.
COM A BOCA NO TROMBONE (9) – CONCLUSÃO: ESCOLHA ACERTADA PARA RECEPÇÃO DE INTERNET
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Para concluir vão umas palavrinhas para a escolha acertada do fornecedor de Internet:
- O modem analógico é a forma ideal para quem utiliza a Internet menos de quinze horas mensais, e o fornecedor mais barato é a IOL;
- A partir das 15 horas mensais o fornecedor por cabo é o melhor, e destes a Tvtel Netsonic é o tem melhores condições, pena que seja só na região do Grande Porto;
- Para alta velocidade e poucos downloads a melhor escolha para a Oninetspeed, mas se assinar a TV Cabo escolher o serviço Netcabo speedOn;
- Para alta velocidade e downloads de ficheiros muitos Mbytes, atacar os serviços que oferecem uma cota muito elevada de tráfego Internacional, por exemplo, Netvisão 512 Kbps, Box ADSL, ViaNet.Works Via ADSL Standard.
- Se a necessidade for essencialmente velocidade então escolher, Netvisão 1Mbit, mas…o dobro do preço não significa o dobro da velocidade, até porque se bem se lembram as altas velocidades são as mais penalizadas com as perdas da rede.
Boa navegação, e não deixem de fazer um justo protesto quando as circunstâncias o exigem…e não são poucas.
Para concluir vão umas palavrinhas para a escolha acertada do fornecedor de Internet:
- O modem analógico é a forma ideal para quem utiliza a Internet menos de quinze horas mensais, e o fornecedor mais barato é a IOL;
- A partir das 15 horas mensais o fornecedor por cabo é o melhor, e destes a Tvtel Netsonic é o tem melhores condições, pena que seja só na região do Grande Porto;
- Para alta velocidade e poucos downloads a melhor escolha para a Oninetspeed, mas se assinar a TV Cabo escolher o serviço Netcabo speedOn;
- Para alta velocidade e downloads de ficheiros muitos Mbytes, atacar os serviços que oferecem uma cota muito elevada de tráfego Internacional, por exemplo, Netvisão 512 Kbps, Box ADSL, ViaNet.Works Via ADSL Standard.
- Se a necessidade for essencialmente velocidade então escolher, Netvisão 1Mbit, mas…o dobro do preço não significa o dobro da velocidade, até porque se bem se lembram as altas velocidades são as mais penalizadas com as perdas da rede.
Boa navegação, e não deixem de fazer um justo protesto quando as circunstâncias o exigem…e não são poucas.
segunda-feira, abril 19, 2004
GUERRILHEIROS DAS PALAVRAS - I
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Na história da música portuguesa existem muitas personalidades marcantes. Artistas que, pelo seu talento, carisma e popularidade marcaram o seu tempo.
Não são muitos, porém, os que determinaram a história da música. José Afonso foi um deles.
Ficaria conhecido por um nome ao mesmo tempo íntimo e universal: Zeca Afonso. Um nome que refere mais do que o artista, mas convoca uma figura poderosa no imaginário colectivo, figura que adquire contornos de mito. Disso tinha, de alguma forma, consciência. Na longa recolha de entrevistas que José António Salvador reuniu no livro Livra-te do Medo, afirma: "Eu um mito? (...) Só sinto que sou um mito quando me falam disso."
José Afonso não se limitou a determinar o curso da história da música. Foi protagonista destacado nas principais mudanças culturais, políticas e sociológicas que Portugal conheceu desde os anos sessenta.
Talvez seja esta a principal característica que distingue Zeca Afonso. Ele transcendeu largamente a sua condição de compositor-cantor e o seu estatuto de artista. Foi um homem que fez de novo.
JOSÉ Manuel Cerqueira AFONSO dos Santos, filho de Maria das Dores e José Nepomuceno Afonso, nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929.
Durante a sua infância percorreu diversos lugares que passaram desde logo a constituir referências e constantes memórias - Aveiro, Angola, Moçambique, Belmonte.
No início dos anos 40, e até 1953, Coimbra foi a cidade onde permaneceu, aí frequentando o liceu e a Faculdade de Letras. Integrou o Orfeão Académico e a Tuna Académica da Universidade, começando também a interpretar o Fado de Coimbra.
Entre 1953 e 1955 cumpriu o serviço militar em Mafra. Após o que voltou a Coimbra iniciando então a sua actividade no ensino, leccionando em Mangualde, Aljustrel, Lagos, Faro e Alcobaça.
Em 1958, no claustro do Mosteiro de Ceira perto de Coimbra, gravou o seu primeiro disco.
Após uma breve permanência em Faro, partiu para Moçambique onde ficou entre 1964 e 1967, ensinando em Lourenço Marques e na Cidade da Beira.
Voltou para Portugal em 1967, fixando-se em Setúbal.
Foi expulso do ensino oficial por razões políticas. A partir daí a sua actividade dividiu-se entre as explicações particulares e o canto, apoiando numerosas colectividades e associações populares, a par de uma cada vez mais comprometida actividade política.
Depois do 25 de Abril de 1974, José Afonso partilhou e entregou-se por inteiro à liberdade, à solidariedade, à fraternidade.
Entre 1979 e 1987 viveu em Azeitão.
Percorreu centenas de quilómetros cantando sempre e para sempre, porque afinal há silêncios que não existem.
Discografia
Créditos : o texto em itálico e a foto foram retirados daqui
o outro texto daqui
Na história da música portuguesa existem muitas personalidades marcantes. Artistas que, pelo seu talento, carisma e popularidade marcaram o seu tempo.
Não são muitos, porém, os que determinaram a história da música. José Afonso foi um deles.
Ficaria conhecido por um nome ao mesmo tempo íntimo e universal: Zeca Afonso. Um nome que refere mais do que o artista, mas convoca uma figura poderosa no imaginário colectivo, figura que adquire contornos de mito. Disso tinha, de alguma forma, consciência. Na longa recolha de entrevistas que José António Salvador reuniu no livro Livra-te do Medo, afirma: "Eu um mito? (...) Só sinto que sou um mito quando me falam disso."
José Afonso não se limitou a determinar o curso da história da música. Foi protagonista destacado nas principais mudanças culturais, políticas e sociológicas que Portugal conheceu desde os anos sessenta.
Talvez seja esta a principal característica que distingue Zeca Afonso. Ele transcendeu largamente a sua condição de compositor-cantor e o seu estatuto de artista. Foi um homem que fez de novo.
JOSÉ Manuel Cerqueira AFONSO dos Santos, filho de Maria das Dores e José Nepomuceno Afonso, nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929.
Durante a sua infância percorreu diversos lugares que passaram desde logo a constituir referências e constantes memórias - Aveiro, Angola, Moçambique, Belmonte.
No início dos anos 40, e até 1953, Coimbra foi a cidade onde permaneceu, aí frequentando o liceu e a Faculdade de Letras. Integrou o Orfeão Académico e a Tuna Académica da Universidade, começando também a interpretar o Fado de Coimbra.
Entre 1953 e 1955 cumpriu o serviço militar em Mafra. Após o que voltou a Coimbra iniciando então a sua actividade no ensino, leccionando em Mangualde, Aljustrel, Lagos, Faro e Alcobaça.
Em 1958, no claustro do Mosteiro de Ceira perto de Coimbra, gravou o seu primeiro disco.
Após uma breve permanência em Faro, partiu para Moçambique onde ficou entre 1964 e 1967, ensinando em Lourenço Marques e na Cidade da Beira.
Voltou para Portugal em 1967, fixando-se em Setúbal.
Foi expulso do ensino oficial por razões políticas. A partir daí a sua actividade dividiu-se entre as explicações particulares e o canto, apoiando numerosas colectividades e associações populares, a par de uma cada vez mais comprometida actividade política.
Depois do 25 de Abril de 1974, José Afonso partilhou e entregou-se por inteiro à liberdade, à solidariedade, à fraternidade.
Entre 1979 e 1987 viveu em Azeitão.
Percorreu centenas de quilómetros cantando sempre e para sempre, porque afinal há silêncios que não existem.
Discografia
Créditos : o texto em itálico e a foto foram retirados daqui
o outro texto daqui
T_EJEITOS DE AB_IL
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A malta do Nelsu não parou de se coçar, no entanto tem-se mantido sempre alerta.
Eh pá! Não sei porquê mas para estes lados adquiriram-se uns tiques muito estranhos. Ah! E têm efeito epidémico. «O 25 de Ab_il foi uma _evolução e não uma evolução. Mota Ama_al afi_ma que t_inta anos depois, o que se comemo_a é antes demais a _uptu_a _evolucioná_ia que _esultou na democ_acia. A evolução veio mais ta_de.»
A malta do Nelsu não parou de se coçar, no entanto tem-se mantido sempre alerta.
Eh pá! Não sei porquê mas para estes lados adquiriram-se uns tiques muito estranhos. Ah! E têm efeito epidémico. «O 25 de Ab_il foi uma _evolução e não uma evolução. Mota Ama_al afi_ma que t_inta anos depois, o que se comemo_a é antes demais a _uptu_a _evolucioná_ia que _esultou na democ_acia. A evolução veio mais ta_de.»
O COICE QUE O 25 DE ABRIL DEU
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Um magnífico blogue que desenterra peças da antiga senhora e revigora alguns elementos que a derrubaram. Pois é, já naquele tempo não havia respeito pelos velhinhozzzz..zzzz…parabéns pelo trabalho arqueológico muito equidistante, aliás regra que o Jumento já nos habituou.
Fotografia de Stan Funk
Um magnífico blogue que desenterra peças da antiga senhora e revigora alguns elementos que a derrubaram. Pois é, já naquele tempo não havia respeito pelos velhinhozzzz..zzzz…parabéns pelo trabalho arqueológico muito equidistante, aliás regra que o Jumento já nos habituou.
Fotografia de Stan Funk
ENQUANTO A MALTA SE COÇOU (4)
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Enquanto a malta do Nelsu se coçou...o João e o John consideram a resposta de Israel ao terrorismo Palestiniano perfeitamente admissível. Do João já esperava mas do John…ââââhh…também. Vejam lá que aquela rapaziada que até é de sangue “supé” quente está mais calma!
Enquanto a malta do Nelsu se coçou...o João e o John consideram a resposta de Israel ao terrorismo Palestiniano perfeitamente admissível. Do João já esperava mas do John…ââââhh…também. Vejam lá que aquela rapaziada que até é de sangue “supé” quente está mais calma!
ENQUANTO A MALTA SE COÇOU (3)
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Enquanto a malta do Nelsu se coçou...Durão Barroso empertigou-se com Zapatero. Zapatero “atemorizou-se” e nem se mexeu. Eh!Eh!
Enquanto a malta do Nelsu se coçou...Durão Barroso empertigou-se com Zapatero. Zapatero “atemorizou-se” e nem se mexeu. Eh!Eh!
ENQUANTO A MALTA SE COÇOU (1)
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Enquanto aqui a malta do Nelsu se coçou…à esquerda e à direita do PCP, a rapaziada ficou incomodada pela recepção do primeiro-ministro ao Nobel da literatura José Saramago.
A direita deve-se importunar pelo facto de 50% dos Nobels portugueses serem rubros, e a esquerda fica arreliada por 50% dos Nobels portugueses serem rubros e ainda terem a distinta lata se aproveitarem destas cambalearias do primeiro-ministro para fomentarem o seu trabalho.
Enquanto aqui a malta do Nelsu se coçou…à esquerda e à direita do PCP, a rapaziada ficou incomodada pela recepção do primeiro-ministro ao Nobel da literatura José Saramago.
A direita deve-se importunar pelo facto de 50% dos Nobels portugueses serem rubros, e a esquerda fica arreliada por 50% dos Nobels portugueses serem rubros e ainda terem a distinta lata se aproveitarem destas cambalearias do primeiro-ministro para fomentarem o seu trabalho.
domingo, abril 18, 2004
COM A BOCA NO TROMBONE (8) – SERVIÇO MELHOR EXIGE-SE!
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Outra resenha perdida e que hoje pretendo reabraçar é “COM A BOCA NO TROMBONE”. Nesta descrição minuciosa partiu-se de um artigo da PROTESTE e demonstrou-se as graves lacunas dos serviços que nos fornecem Internet. A sequência deste conjunto de posts foi:
1. A introdução 1 e 2;
2. Velocidade posta à prova;
3. Contratos abusivos;
4. Preços Elevados;
5. Helpdesk ineficaz.
Posto isto, serviço melhor exige-se:
- Serviços mais transparentes enunciando quais a velocidades reais aos consumidores;
- Melhorar as infra-estruturas e desta forma atingir velocidades no patamar do aceitável;
- A ANACOM deve impor regulamentos que definam os padrões mínimos para todos os serviços, e obrigar todos os fornecedores a respeitá-los, sob pena de serem penalizados; Não sei se a ANACOM lida directamente com os casos de reclamações mais difíceis de resolver, em todo o caso fica aqui o sítio. Posso também sugerir o Provedor de Cliente para quem usufrui dos serviços da PT. Já tive graves problemas com a minha ligação à WEB e depois de várias tentativas para os solucionar pelos trâmites normais fui forçado a colocar no CC.: o endereço do provedor do cliente da telepac. O Provedor do Cliente parece ser a chave para a solução de muitos dos nossos problemas com aquela casa;
- O tráfego não utilizado deve transitar para o mês seguinte. Só o Clix Turbo contempla este aspecto;
- Quanto aos contratos abusivos salienta-se um ponto: é o facto do cliente ser obrigado a assinar por um ano com um determinado fornecedor, e mesmo que esteja insatisfeito com o serviço e pretenda desistir da assinatura, é obrigado a pagar as restantes mensalidades.
Segue amanhã a conclusão deste assunto.
Outra resenha perdida e que hoje pretendo reabraçar é “COM A BOCA NO TROMBONE”. Nesta descrição minuciosa partiu-se de um artigo da PROTESTE e demonstrou-se as graves lacunas dos serviços que nos fornecem Internet. A sequência deste conjunto de posts foi:
1. A introdução 1 e 2;
2. Velocidade posta à prova;
3. Contratos abusivos;
4. Preços Elevados;
5. Helpdesk ineficaz.
Posto isto, serviço melhor exige-se:
- Serviços mais transparentes enunciando quais a velocidades reais aos consumidores;
- Melhorar as infra-estruturas e desta forma atingir velocidades no patamar do aceitável;
- A ANACOM deve impor regulamentos que definam os padrões mínimos para todos os serviços, e obrigar todos os fornecedores a respeitá-los, sob pena de serem penalizados; Não sei se a ANACOM lida directamente com os casos de reclamações mais difíceis de resolver, em todo o caso fica aqui o sítio. Posso também sugerir o Provedor de Cliente para quem usufrui dos serviços da PT. Já tive graves problemas com a minha ligação à WEB e depois de várias tentativas para os solucionar pelos trâmites normais fui forçado a colocar no CC.: o endereço do provedor do cliente da telepac. O Provedor do Cliente parece ser a chave para a solução de muitos dos nossos problemas com aquela casa;
- O tráfego não utilizado deve transitar para o mês seguinte. Só o Clix Turbo contempla este aspecto;
- Quanto aos contratos abusivos salienta-se um ponto: é o facto do cliente ser obrigado a assinar por um ano com um determinado fornecedor, e mesmo que esteja insatisfeito com o serviço e pretenda desistir da assinatura, é obrigado a pagar as restantes mensalidades.
Segue amanhã a conclusão deste assunto.
WEBLOGS OU BLOGS, APRESENTO A BLOGOSFERA (5.3.) – DEFINIÇÕES PARA BLOG
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Neste assunto não cumpri em absoluto o prazo que estipulei. A dita “dissertação” segue passado uns bons fins-de-semana depois daquele que previa. Inclusive perdi o raciocínio da tal “dissertação” mas, mesmo assim vou fazer-lhe uma pega de cernelha.
Nesse último post escrevia-se sobre a afirmação de Cameron Barrett - autor de um dos primeiros blogs CamWorld – que considera que um blogue «é uma pequena página, normalmente mantida por uma pessoa, actualizada com regularidade e que tem uma grande concentração de visitantes habituais».
Contraponho com alguma experiência adquirida aqui no Nelsu. Ao longo dos quase 6 meses de vida do Nelsu, tem-se verificado que temos uma faixa significativa de visitantes acidentais, sobretudo aqueles que utilizam motores de busca para pesquisar os seus temas preferidos. Estes habitualmente não voltam, e para o confirmar, basta constatar que o número de visitas durante este período mantém-se sem grandes oscilações.
De facto a afirmação de Cameron Barrett não dá o devido apreço a este dispositivo que integra a Internet. Contudo, julgo que esta asserção não é mais do que atirar achas para a fogueira, ou seja, um género de gatilho que despolete a discussão.
É mais abrangente a definição compilada da Elisabete e do António que considera que um blogue incorpora os três principais corpos da Internet: World Wide Web, E-Mail, Chat. Destes três pontos confluentes o blog parte para onde a imaginação o permite, e principalmente para onde o interesse pessoal o pretende dirigir. O facto do blogue ser uma tecnologia tão acessível permite milhões de seres humanos utilizá-la, interpreta-la à sua maneira, e consequentemente fazer com que os seus blogs tomem as mais variadas formas.
Aqui já existe algum material para potenciar qualquer discussão em torno desta matéria. Contudo, amanhã o tema vai avançar e com ajuda do livro Weblogs – Diário de Bordo vou satisfazer a curiosidade dos leitores sobre o significado do termo BLOG.
Neste assunto não cumpri em absoluto o prazo que estipulei. A dita “dissertação” segue passado uns bons fins-de-semana depois daquele que previa. Inclusive perdi o raciocínio da tal “dissertação” mas, mesmo assim vou fazer-lhe uma pega de cernelha.
Nesse último post escrevia-se sobre a afirmação de Cameron Barrett - autor de um dos primeiros blogs CamWorld – que considera que um blogue «é uma pequena página, normalmente mantida por uma pessoa, actualizada com regularidade e que tem uma grande concentração de visitantes habituais».
Contraponho com alguma experiência adquirida aqui no Nelsu. Ao longo dos quase 6 meses de vida do Nelsu, tem-se verificado que temos uma faixa significativa de visitantes acidentais, sobretudo aqueles que utilizam motores de busca para pesquisar os seus temas preferidos. Estes habitualmente não voltam, e para o confirmar, basta constatar que o número de visitas durante este período mantém-se sem grandes oscilações.
De facto a afirmação de Cameron Barrett não dá o devido apreço a este dispositivo que integra a Internet. Contudo, julgo que esta asserção não é mais do que atirar achas para a fogueira, ou seja, um género de gatilho que despolete a discussão.
É mais abrangente a definição compilada da Elisabete e do António que considera que um blogue incorpora os três principais corpos da Internet: World Wide Web, E-Mail, Chat. Destes três pontos confluentes o blog parte para onde a imaginação o permite, e principalmente para onde o interesse pessoal o pretende dirigir. O facto do blogue ser uma tecnologia tão acessível permite milhões de seres humanos utilizá-la, interpreta-la à sua maneira, e consequentemente fazer com que os seus blogs tomem as mais variadas formas.
Aqui já existe algum material para potenciar qualquer discussão em torno desta matéria. Contudo, amanhã o tema vai avançar e com ajuda do livro Weblogs – Diário de Bordo vou satisfazer a curiosidade dos leitores sobre o significado do termo BLOG.
BREVE SUMÁRIO DA HISTÓRIA POLÍTICO-SOCIAL DE PORTUGAL (1945-1974)
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Após a derrota da Alemanha, em 1945, o governo português decretou luto nacional pela morte do nazi Hitler, tendo, a vitória dos Aliados sido celebrada com inúmeras manifestações de cariz popular. Perante estas, o “Estado Novo” , através da sua máquina de propaganda, procura impor a expressão “ democracia orgânica” para caracterizar o regime.
Norton de Matos, presidente do Movimento de Unidade Antifascista, criado em 1943, depois de obter o apoio de algumas regiões militares, prepara uma revolta que não chega a verificar-se. Na sequência deste facto, Salazar dissolveu a Assembleia Nacional e proclama a realização de eleições, com “permissão oficial” de participação à oposição que, aproveitando tal facto, se aglutina formando o Movimento de Unidade Democrática (MUD). Apesar dos 30 dias dados à oposição para se organizar e das inúmeras dificuldades levantadas, o MUD consegue apoios significativos. Só que a promessa de Salazar em realizar eleições “ tão livres como na livre Inglaterra” não passou de mais uma farsa e a oposição acabou por desistir, tendo posteriormente sido perseguidos os seus principais apoiantes e dinamizadores.
Mercê dos “ensinamentos” de instrutores nazis, forma-se a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) e as prisões enchem-se. Mas não conseguem estancar as correntes da resistência: em 1946, formou-se o MUD juvenil e uma revolta militar desencadeada no Porto é detida na Mealhada; milhares de operários têxteis, em luta por melhores salários, entram em greve, em 1947,exemplo de luta logo seguido pelos operários da zona industrial de Lisboa; neste mesmo ano, nova revolta militar e o regime intervêm nas principais universidades, expulsando 22 professores, o que desencadeia intenso movimento de protesto dos estudantes.
O capitão Henrique Galvão é preso. Motivo? Ousa, em 1947, levantar o problema da política colonial portuguesa, pondo-a em causa num relatório elaborado para ser apresentado a algumas organizações internacionais.
Em 1949, realizam-se eleições para a Presidência da República, tendo a Oposição apresentado a candidatura do General Norton de Matos que, em face das dificuldades e manobras do governo, acaba por retirar. Após a esperada/imposta reeleição do General Carmona, assistiu-se à promulgação de “medidas de segurança” visando a prisão perpétua de um político ao dispor que a prisão pode continuar por tempo indeterminado mesmo depois de cumprida a pena.
Entre 1950 e 1953 sucedem-se as lutas das massas trabalhadoras e a PIDE multiplica as perseguições, torturas e prisões. Com a morte de Carmona, ocorrida em 1951 realizam-se novas “eleições”. Pela Oposição surgem como candidatos o almirante Quintão Meireles e o Prof. Rui Luís Gomes (cuja candidatura é recusada sob a acusação de se tratar de um “comunista”). Uma vez mais a renúncia surge como a única forma de não pactuar com as manobras do fascismo e o General Craveiro Lopes, proposto pela União Nacional, torna-se o “novo” Presidente da República.
Do estrangeiro começam, entretanto, a surgir críticas ao colonialismo e, em 1953, verifica-se uma revolta em S.Tomé, que acaba com inúmeras prisões e mortes. Perante o intensificar das críticas internacionais ao colonialismo, o governo promulga um “bizarro” Estatuto do Indígena pelo qual em Angola, Guiné e Moçambique se “extingue” a condição de indígena e se “concede” a cidadania “aos indígenas, maiores de 18 anos, que falem correctamente português, ganhem para manter a família ou tenham bens suficientes e possuam a ilustração e os hábitos necessários à condição de cidadãos portugueses”. Só que 96,7% e 98,4% da população total de Angola e Moçambique, respectivamente, são, na altura, “indígenas não civilizados!”.
Na sequência da luta generalizada dos camponeses alentejanos por melhores salários, é assassinada, pelas forças repressivas da GNR, Catarina Eufémia…”e ficou vermelha a campina do sangue que então brotou”, como cantou José Afonso.
Em 1958, novas eleições. Pelo governo, é proposto o contra-almirante Américo Tomás e, pela oposição, o Dr. Arlindo Vicente que, logo mais, e perante o apoio das massas ao general Humberto Delgado, o outro candidato inicialmente proposto, desiste a favor dele.
Os 25% dos votos atribuídos pelo governo a Delgado são, evidentemente, falsos: Humberto Delgado tinha arrastado consigo verdadeiras multidões. Realizam-se manifestações populares de apoio à contestação de tais resultados. A repressão ultrapassa todos os limites: prisões sem número, cargas policiais sobre os manifestantes, exílio de Humberto Delgado e do Bispo do Porto.
Em face do sucedido e sacudido por nova revolta militar, o governo procede a uma alteração significativa do Constituição: o Presidente da República passa a ser eleito, não por sufrágio directo e universal, mas por um colégio eleitoral constituído pela Assembleia Nacional, Câmara Corporativa e representantes dos municípios e das províncias ultramarinas.
Em 1960 as fugas de Álvaro Cunhal e outros presos políticos detidos em Peniche, veio vibrar importante golpe no “prestígio” dos esbirros de Salazar. Nas Nações Unidas, Salazar insiste em falar de “províncias ultramarinas”, recusando a designação de “colónias”, e recusa-se a dialogar com o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), quando estes movimentos nacionalistas se mostram dispostos a dialogar.
Henrique Galvão, que em 1959 conseguira fugir de um hospital lisboeta, assalta, em 1961, em pleno Mar das Caraíbas, o paquete “Santa Maria”, chamando desse modo as atenções mundiais para o regime repressivo vigente em Portugal.
Em Angola, o MPLA, inicia em 1961, o processo da luta armada pela conquista da independência e, neste mesmo ano, o exército indiano invade Goa, Damão e Diu. Salazar proclama a política do “orgulhosamente sós”, insensível perante as decisões de órgãos internacionais como as Nações Unidas. Em finais do ano, nova revolta militar, desencadeada no quartel de Beja.
Em 1962, a agitação política em torno da contestação do regime e da legitimidade da guerra colonial – para cujo teatro de operações começam a ser enviadas tropas portuguesas em grande escala – alastra às universidades, entre Março e Maio: a polícia não hesita em penetrar nas mesmas, registando-se violentos confrontos com os estudantes.
Entretanto, forma-se a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que inicia a luta armada em 1964.
Em 1965, Humberto Delgado é assassinado e ao país é dado simples conhecimento da reeleição de Américo Tomás. As eleições para a Assembleia Legislativa permitem à oposição denunciar a questão da guerra colonial, pronunciando-se pela sua resolução pacífica (auto-determinação).
Começa o processo de constituição de várias organizações revolucionárias: LUAR (Liga de União e Acção Revolucionária), em 1967; ARA (Acção Revolucionária Armada), em 1970; e BR (Brigadas Revolucionárias), em 1971.
Mas, em 1968, Salazar é afastado do poder por uma cadeira e Marcelo Caetano, que em 1962 era reitor da Universidade de Lisboa e se demitiu por considerar que a autonomia universitária tinha sido violada pela invasão policial, é nomeado chefe do governo, apostando desde logo na política da “renovação na continuidade”, isto é, mudar nomes (“Estado Social” em vez de “Estado Novo”; “Direcção-Geral de Segurança” em vez de “PIDE”; “Exame Prévio” em vez de “Censura”; “Estados” em vez de “Colónias” ; etc.).
Em 1969 prossegue com redobrado vigor a guerra colonial. Mondlane, presidente da FRELIMO, é assassinado; era demasiado perigosa a sua determinação e a sua visão realista do problema (“Nós, Moçambicanos, nada temos contra o povo português”).
Em novas eleições para a Assembleia Nacional, a oposição surge dividida: CDE (Comissão Democrática Nacional) e CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática). O resultado foi a farsa do costume e, na Assembleia Legislativa, apenas a União Nacional teve lugar. As abstenções atingiram um número tal que, em distritos como os de Lisboa e Setúbal, foram superiores ao número de votantes!
De 1970 a 1974 desvanece-se por completo a fachada pseudo-liberalizadora anunciada na “Primavera Marcelista”. O fascismo permanece e revela-se incapaz de conter o vasto movimento popular que a combatia em todas as frentes, incluindo a militar, no seio da qual se formou, em 1973, o MFA (Movimento das Forças Armadas) que, finalmente, em 25 de Abril de 1974, restaurou a liberdade e a democracia no país de Abril tão desejado.
Extraído de "Música Popular Portuguesa" de Mário Correia, ed. Centelha-MC, 1984.
Após a derrota da Alemanha, em 1945, o governo português decretou luto nacional pela morte do nazi Hitler, tendo, a vitória dos Aliados sido celebrada com inúmeras manifestações de cariz popular. Perante estas, o “Estado Novo” , através da sua máquina de propaganda, procura impor a expressão “ democracia orgânica” para caracterizar o regime.
Norton de Matos, presidente do Movimento de Unidade Antifascista, criado em 1943, depois de obter o apoio de algumas regiões militares, prepara uma revolta que não chega a verificar-se. Na sequência deste facto, Salazar dissolveu a Assembleia Nacional e proclama a realização de eleições, com “permissão oficial” de participação à oposição que, aproveitando tal facto, se aglutina formando o Movimento de Unidade Democrática (MUD). Apesar dos 30 dias dados à oposição para se organizar e das inúmeras dificuldades levantadas, o MUD consegue apoios significativos. Só que a promessa de Salazar em realizar eleições “ tão livres como na livre Inglaterra” não passou de mais uma farsa e a oposição acabou por desistir, tendo posteriormente sido perseguidos os seus principais apoiantes e dinamizadores.
Mercê dos “ensinamentos” de instrutores nazis, forma-se a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) e as prisões enchem-se. Mas não conseguem estancar as correntes da resistência: em 1946, formou-se o MUD juvenil e uma revolta militar desencadeada no Porto é detida na Mealhada; milhares de operários têxteis, em luta por melhores salários, entram em greve, em 1947,exemplo de luta logo seguido pelos operários da zona industrial de Lisboa; neste mesmo ano, nova revolta militar e o regime intervêm nas principais universidades, expulsando 22 professores, o que desencadeia intenso movimento de protesto dos estudantes.
O capitão Henrique Galvão é preso. Motivo? Ousa, em 1947, levantar o problema da política colonial portuguesa, pondo-a em causa num relatório elaborado para ser apresentado a algumas organizações internacionais.
Em 1949, realizam-se eleições para a Presidência da República, tendo a Oposição apresentado a candidatura do General Norton de Matos que, em face das dificuldades e manobras do governo, acaba por retirar. Após a esperada/imposta reeleição do General Carmona, assistiu-se à promulgação de “medidas de segurança” visando a prisão perpétua de um político ao dispor que a prisão pode continuar por tempo indeterminado mesmo depois de cumprida a pena.
Entre 1950 e 1953 sucedem-se as lutas das massas trabalhadoras e a PIDE multiplica as perseguições, torturas e prisões. Com a morte de Carmona, ocorrida em 1951 realizam-se novas “eleições”. Pela Oposição surgem como candidatos o almirante Quintão Meireles e o Prof. Rui Luís Gomes (cuja candidatura é recusada sob a acusação de se tratar de um “comunista”). Uma vez mais a renúncia surge como a única forma de não pactuar com as manobras do fascismo e o General Craveiro Lopes, proposto pela União Nacional, torna-se o “novo” Presidente da República.
Do estrangeiro começam, entretanto, a surgir críticas ao colonialismo e, em 1953, verifica-se uma revolta em S.Tomé, que acaba com inúmeras prisões e mortes. Perante o intensificar das críticas internacionais ao colonialismo, o governo promulga um “bizarro” Estatuto do Indígena pelo qual em Angola, Guiné e Moçambique se “extingue” a condição de indígena e se “concede” a cidadania “aos indígenas, maiores de 18 anos, que falem correctamente português, ganhem para manter a família ou tenham bens suficientes e possuam a ilustração e os hábitos necessários à condição de cidadãos portugueses”. Só que 96,7% e 98,4% da população total de Angola e Moçambique, respectivamente, são, na altura, “indígenas não civilizados!”.
Na sequência da luta generalizada dos camponeses alentejanos por melhores salários, é assassinada, pelas forças repressivas da GNR, Catarina Eufémia…”e ficou vermelha a campina do sangue que então brotou”, como cantou José Afonso.
Em 1958, novas eleições. Pelo governo, é proposto o contra-almirante Américo Tomás e, pela oposição, o Dr. Arlindo Vicente que, logo mais, e perante o apoio das massas ao general Humberto Delgado, o outro candidato inicialmente proposto, desiste a favor dele.
Os 25% dos votos atribuídos pelo governo a Delgado são, evidentemente, falsos: Humberto Delgado tinha arrastado consigo verdadeiras multidões. Realizam-se manifestações populares de apoio à contestação de tais resultados. A repressão ultrapassa todos os limites: prisões sem número, cargas policiais sobre os manifestantes, exílio de Humberto Delgado e do Bispo do Porto.
Em face do sucedido e sacudido por nova revolta militar, o governo procede a uma alteração significativa do Constituição: o Presidente da República passa a ser eleito, não por sufrágio directo e universal, mas por um colégio eleitoral constituído pela Assembleia Nacional, Câmara Corporativa e representantes dos municípios e das províncias ultramarinas.
Em 1960 as fugas de Álvaro Cunhal e outros presos políticos detidos em Peniche, veio vibrar importante golpe no “prestígio” dos esbirros de Salazar. Nas Nações Unidas, Salazar insiste em falar de “províncias ultramarinas”, recusando a designação de “colónias”, e recusa-se a dialogar com o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), quando estes movimentos nacionalistas se mostram dispostos a dialogar.
Henrique Galvão, que em 1959 conseguira fugir de um hospital lisboeta, assalta, em 1961, em pleno Mar das Caraíbas, o paquete “Santa Maria”, chamando desse modo as atenções mundiais para o regime repressivo vigente em Portugal.
Em Angola, o MPLA, inicia em 1961, o processo da luta armada pela conquista da independência e, neste mesmo ano, o exército indiano invade Goa, Damão e Diu. Salazar proclama a política do “orgulhosamente sós”, insensível perante as decisões de órgãos internacionais como as Nações Unidas. Em finais do ano, nova revolta militar, desencadeada no quartel de Beja.
Em 1962, a agitação política em torno da contestação do regime e da legitimidade da guerra colonial – para cujo teatro de operações começam a ser enviadas tropas portuguesas em grande escala – alastra às universidades, entre Março e Maio: a polícia não hesita em penetrar nas mesmas, registando-se violentos confrontos com os estudantes.
Entretanto, forma-se a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que inicia a luta armada em 1964.
Em 1965, Humberto Delgado é assassinado e ao país é dado simples conhecimento da reeleição de Américo Tomás. As eleições para a Assembleia Legislativa permitem à oposição denunciar a questão da guerra colonial, pronunciando-se pela sua resolução pacífica (auto-determinação).
Começa o processo de constituição de várias organizações revolucionárias: LUAR (Liga de União e Acção Revolucionária), em 1967; ARA (Acção Revolucionária Armada), em 1970; e BR (Brigadas Revolucionárias), em 1971.
Mas, em 1968, Salazar é afastado do poder por uma cadeira e Marcelo Caetano, que em 1962 era reitor da Universidade de Lisboa e se demitiu por considerar que a autonomia universitária tinha sido violada pela invasão policial, é nomeado chefe do governo, apostando desde logo na política da “renovação na continuidade”, isto é, mudar nomes (“Estado Social” em vez de “Estado Novo”; “Direcção-Geral de Segurança” em vez de “PIDE”; “Exame Prévio” em vez de “Censura”; “Estados” em vez de “Colónias” ; etc.).
Em 1969 prossegue com redobrado vigor a guerra colonial. Mondlane, presidente da FRELIMO, é assassinado; era demasiado perigosa a sua determinação e a sua visão realista do problema (“Nós, Moçambicanos, nada temos contra o povo português”).
Em novas eleições para a Assembleia Nacional, a oposição surge dividida: CDE (Comissão Democrática Nacional) e CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática). O resultado foi a farsa do costume e, na Assembleia Legislativa, apenas a União Nacional teve lugar. As abstenções atingiram um número tal que, em distritos como os de Lisboa e Setúbal, foram superiores ao número de votantes!
De 1970 a 1974 desvanece-se por completo a fachada pseudo-liberalizadora anunciada na “Primavera Marcelista”. O fascismo permanece e revela-se incapaz de conter o vasto movimento popular que a combatia em todas as frentes, incluindo a militar, no seio da qual se formou, em 1973, o MFA (Movimento das Forças Armadas) que, finalmente, em 25 de Abril de 1974, restaurou a liberdade e a democracia no país de Abril tão desejado.
Extraído de "Música Popular Portuguesa" de Mário Correia, ed. Centelha-MC, 1984.
sábado, abril 17, 2004
FOI DE FACTO UMA REVOLUÇÃO
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No dia 25 de Abril 1974 os cravos oferecidos aos militares que perpetraram a revolução eram vermelho mas, a campanha para a comemoração do 30º aniversário da revolução dos cravos arranca o R e muda a cor à flor que se tornou no símbolo da liberdade. Desta forma o governo português pretende adulterar/subestimar o passo decisivo que instaurou a democracia em Portugal.
A imagem que segue, demonstra qual a rectificação que queremos eregir à campanha que todos pagámos – penso ser uma montagem do Barnabé.
Desta maneira, o Nelsu associa-se à iniciativa “Aqui Posto de Comando” e celebra com toda a intensidade o 25 de Abril, convergindo com a esmagadora maioria da blogosfera.
No dia 25 de Abril 1974 os cravos oferecidos aos militares que perpetraram a revolução eram vermelho mas, a campanha para a comemoração do 30º aniversário da revolução dos cravos arranca o R e muda a cor à flor que se tornou no símbolo da liberdade. Desta forma o governo português pretende adulterar/subestimar o passo decisivo que instaurou a democracia em Portugal.
A imagem que segue, demonstra qual a rectificação que queremos eregir à campanha que todos pagámos – penso ser uma montagem do Barnabé.
Desta maneira, o Nelsu associa-se à iniciativa “Aqui Posto de Comando” e celebra com toda a intensidade o 25 de Abril, convergindo com a esmagadora maioria da blogosfera.
quarta-feira, abril 14, 2004
INFORMAÇÃO DO OLHO CLÍNICO
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Rocktaract
6º Concurso Música Moderna de Santa Maria Feira
16 a 24 Abril
16 Abril - 21h30 - 1ª Eliminatória
Dioz, Puny, The Face, New Connection + Alla Polacca + DJ Vítor Hugo
17 Abril - 21h30 - 2ª Eliminatória
Flunk, Rope, Sutzu, Sahib + Ultimate Architects + DJ Ricardo Cardoso
23 Abril - 21h30 - 3ª Eliminatória
Dispatch Note, Nagual, Tetanus, The Nutty Pea + Big Fat Mamma + DJ Alcides Campos – XPTO_NTV
24 Abril - 21h30 - FINAL
4 bandas finalistas + Dealema + DJ Álvaro Costa
Cine-Teatro António Lamoso - Câmara Municipal Santa Maria Feira - Rotaract Club Feira - Feira Viva EM
Rocktaract
6º Concurso Música Moderna de Santa Maria Feira
16 a 24 Abril
16 Abril - 21h30 - 1ª Eliminatória
Dioz, Puny, The Face, New Connection + Alla Polacca + DJ Vítor Hugo
17 Abril - 21h30 - 2ª Eliminatória
Flunk, Rope, Sutzu, Sahib + Ultimate Architects + DJ Ricardo Cardoso
23 Abril - 21h30 - 3ª Eliminatória
Dispatch Note, Nagual, Tetanus, The Nutty Pea + Big Fat Mamma + DJ Alcides Campos – XPTO_NTV
24 Abril - 21h30 - FINAL
4 bandas finalistas + Dealema + DJ Álvaro Costa
Cine-Teatro António Lamoso - Câmara Municipal Santa Maria Feira - Rotaract Club Feira - Feira Viva EM
É PRECISO É ESTILO!
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MÃO MORTA – NUS (COBRA 2004)
Ainda mal refeito de não ter ganho o mega-jackpot de sábado passado dou por mim á procura de um paliativo (fiquei mesmo desapontado, a sério!) e eis que hoje dou de caras com este disco que é vendido com o jornal Blitz (por apenas mais uns 9,5€) e que grande surpresa! Que estranhas sensações a sua audição me trouxe e que fabuloso é o tema de abertura “Gumes” e também “Estilo”. São afinal Adolfo Luxúria Canibal y sus muchachos em grande forma e acreditem que eu os sigo desde o longínquo Mão Morta de 1987 que ainda guardo (em vinil e em CD pois então!) devidamente autografado.
Assomados, com o andar tibuteante das vítimas da realidade absoluta, desfalecemos em convulsões de electrochoque no turbilhão da engrenagem triturante que nos transporta em sucessivas oscilações sísmicas para o apaziguamento da indiferença e o amargo isolamento da solidão. Nada é o que era, nada foi o que sonhamos, apenas visões esfumadas ao contacto da memória, apenas imprecisas impressões de um tempo gasto pela usura. Tivemos o mundo, fomos o mundo... Salve, cadáveres brancos da inocência! Salve, corpos belos do amor! Salve, feiticeiros da embriaguez permanente! Salve, magos da existência não fragmentária! Salve, pederastas do desejo, junkies do caos, prisioneiros da liberdade! Salve, irreprimível lúdico! Salve, criadores de vida, amantes da infância, viciados do presente! Salve, orfãos perdidos! Salve! Salve! Salve!
Que grande maneira de celebrar 20 anos de carreira…SALVE MÃO MORTA!
MÃO MORTA – NUS (COBRA 2004)
Ainda mal refeito de não ter ganho o mega-jackpot de sábado passado dou por mim á procura de um paliativo (fiquei mesmo desapontado, a sério!) e eis que hoje dou de caras com este disco que é vendido com o jornal Blitz (por apenas mais uns 9,5€) e que grande surpresa! Que estranhas sensações a sua audição me trouxe e que fabuloso é o tema de abertura “Gumes” e também “Estilo”. São afinal Adolfo Luxúria Canibal y sus muchachos em grande forma e acreditem que eu os sigo desde o longínquo Mão Morta de 1987 que ainda guardo (em vinil e em CD pois então!) devidamente autografado.
Assomados, com o andar tibuteante das vítimas da realidade absoluta, desfalecemos em convulsões de electrochoque no turbilhão da engrenagem triturante que nos transporta em sucessivas oscilações sísmicas para o apaziguamento da indiferença e o amargo isolamento da solidão. Nada é o que era, nada foi o que sonhamos, apenas visões esfumadas ao contacto da memória, apenas imprecisas impressões de um tempo gasto pela usura. Tivemos o mundo, fomos o mundo... Salve, cadáveres brancos da inocência! Salve, corpos belos do amor! Salve, feiticeiros da embriaguez permanente! Salve, magos da existência não fragmentária! Salve, pederastas do desejo, junkies do caos, prisioneiros da liberdade! Salve, irreprimível lúdico! Salve, criadores de vida, amantes da infância, viciados do presente! Salve, orfãos perdidos! Salve! Salve! Salve!
Que grande maneira de celebrar 20 anos de carreira…SALVE MÃO MORTA!
DESCOBERTA DO GENOMA HUMANO
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Porque a imagem perdeu bastante qualidade transcrevo o monólogo da vinheta que posso intitular de "paradoxo de um cientista".
- I've deciphered the human genome...but I still don't understand women!
Agora a sério. O grupo de cientistas de todo o Mundo que estavam a trabalhar no genoma humano anunciou formalmente há um ano atrás que a "impressão digital genética" está completa. Uma vez conhecidas as "instruções" sobre o funcionamento e desenvolvimento dos humanos, os médicos podem começar a desenvolver novas formas de tratamento de doenças como o cancro ou a diabetes ou doenças hereditárias. Vai permitir ainda o tratamento de genes defeituosos ou a prescrição específica de medicamentos de acordo com o código genético de cada pessoa.
É um passo enorme para a medicina que foi conquistado dois anos antes do previsto. O consórcio de cientistas envolvidos na descodificação do genoma humano anunciou que a sequência do ADN humano está praticamente completo.
Porque a imagem perdeu bastante qualidade transcrevo o monólogo da vinheta que posso intitular de "paradoxo de um cientista".
- I've deciphered the human genome...but I still don't understand women!
Agora a sério. O grupo de cientistas de todo o Mundo que estavam a trabalhar no genoma humano anunciou formalmente há um ano atrás que a "impressão digital genética" está completa. Uma vez conhecidas as "instruções" sobre o funcionamento e desenvolvimento dos humanos, os médicos podem começar a desenvolver novas formas de tratamento de doenças como o cancro ou a diabetes ou doenças hereditárias. Vai permitir ainda o tratamento de genes defeituosos ou a prescrição específica de medicamentos de acordo com o código genético de cada pessoa.
É um passo enorme para a medicina que foi conquistado dois anos antes do previsto. O consórcio de cientistas envolvidos na descodificação do genoma humano anunciou que a sequência do ADN humano está praticamente completo.
terça-feira, abril 13, 2004
SAMUEL BECKETT
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Romancista e dramaturgo irlandês, Samuel Barclay Beckett nasceu a 13 de Abril de 1906 na cidade de Dublin. Extracto biográfico está neste sítio. Mas parece-me mais interessante transcrever a opinião de Harold Pinter sobre o escritor: «Quanto mais longe ele vai mais bem me faz. Não quero filosofias, panfletos, dogmas, credos, saídas, verdades, respostas, nada a preço de saldo. Ele é o escritor mais corajoso e implacável que aí anda e quanto mais me esfrega o nariz na merda mais reconhecido lhe fico. Não se põe a gozar com a minha cara, não está a levar-me à certa, não me vem com piscadelas de olho, não me oferece um remédio nem um caminho nem uma revelação nem um balde cheio de migalhas, não me está a vender nada que não queira comprar, está-se borrifando para se eu compro ou não, não tem a mão sobre o coração. Bom, vou comprar-lhe a mercadoria toda, de fio a pavio, porque ele espreita debaixo de cada pedra e não deixa nenhum verme sozinho. Faz nascer um corpo de beleza. A sua obra é bela. Harold Pinter, 1954». O José Mário já está a dormir.
Romancista e dramaturgo irlandês, Samuel Barclay Beckett nasceu a 13 de Abril de 1906 na cidade de Dublin. Extracto biográfico está neste sítio. Mas parece-me mais interessante transcrever a opinião de Harold Pinter sobre o escritor: «Quanto mais longe ele vai mais bem me faz. Não quero filosofias, panfletos, dogmas, credos, saídas, verdades, respostas, nada a preço de saldo. Ele é o escritor mais corajoso e implacável que aí anda e quanto mais me esfrega o nariz na merda mais reconhecido lhe fico. Não se põe a gozar com a minha cara, não está a levar-me à certa, não me vem com piscadelas de olho, não me oferece um remédio nem um caminho nem uma revelação nem um balde cheio de migalhas, não me está a vender nada que não queira comprar, está-se borrifando para se eu compro ou não, não tem a mão sobre o coração. Bom, vou comprar-lhe a mercadoria toda, de fio a pavio, porque ele espreita debaixo de cada pedra e não deixa nenhum verme sozinho. Faz nascer um corpo de beleza. A sua obra é bela. Harold Pinter, 1954». O José Mário já está a dormir.
TESTEMUNHA NO IRAQUE
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O blogue de Dahr Jamail - Iraq dispaches - "correspondente" que acompanha as movimentações no Iraque. Fonte suavemente rapinada ao Barnabé.
«Iraq dispatches is a weblog collecting the daily writings of Dahr Jamail, Baghdad correspondent for The NewStandard.»
O blogue de Dahr Jamail - Iraq dispaches - "correspondente" que acompanha as movimentações no Iraque. Fonte suavemente rapinada ao Barnabé.
«Iraq dispatches is a weblog collecting the daily writings of Dahr Jamail, Baghdad correspondent for The NewStandard.»
DESCLASSIFIED AND APROVED FOR RELEASE
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A Casa Branca tinha sido previamente avisada do atentado de 11/9. A falta de dados concretos levou-os a subestimar este aviso, e quero acreditar que é verdade.
«WHITE HOUSE OFFICIAL DOCUMENTS RELEASED TO PRESS IN CRAWFORD TEXAS
A Presidential daily briefing document dated August 6, 2001, is shown on a computer screen after it was e-mailed to the press near the ranch of President Bush in Crawford, Texas, April 10, 2004. The White House released on Saturday the intelligence briefing for President Bush that outlined al Qaeda plans to strike within the United States, a senior Bush administration official said. The document, entitled "Bin Laden Determined to Strike Inside the United States," told Bush of plans by al Qaeda to attack the United States with explosives or hijack airplanes. REUTERS/Jason Reed»
A Casa Branca tinha sido previamente avisada do atentado de 11/9. A falta de dados concretos levou-os a subestimar este aviso, e quero acreditar que é verdade.
«WHITE HOUSE OFFICIAL DOCUMENTS RELEASED TO PRESS IN CRAWFORD TEXAS
A Presidential daily briefing document dated August 6, 2001, is shown on a computer screen after it was e-mailed to the press near the ranch of President Bush in Crawford, Texas, April 10, 2004. The White House released on Saturday the intelligence briefing for President Bush that outlined al Qaeda plans to strike within the United States, a senior Bush administration official said. The document, entitled "Bin Laden Determined to Strike Inside the United States," told Bush of plans by al Qaeda to attack the United States with explosives or hijack airplanes. REUTERS/Jason Reed»
RESOLVER O PROBLEMA À PAULADA
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O governo canadiano autorizou a caça à foca justificando que a proliferação desta espécie está a conduzir à redução drástica dos bancos de peixe. Certamente a causa para esta medida será demonstrada de uma forma clara tal como aconteceu com a causa da da ocupação do Iraque: as Armas de Destruição Maciça.
O governo canadiano autorizou a caça à foca justificando que a proliferação desta espécie está a conduzir à redução drástica dos bancos de peixe. Certamente a causa para esta medida será demonstrada de uma forma clara tal como aconteceu com a causa da da ocupação do Iraque: as Armas de Destruição Maciça.
segunda-feira, abril 12, 2004
NÚMEROS
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No Iraque, de 1 de Abril para cá, os números são estes, 70 baixas norte americanas e 10 vezes mais rebeldes. Cidadãos estrangeiros sequestrados são, 7 Chineses , 3 Japoneses, 2 Checos, 1 Americano, 1 Canadiano, 1 Israelita Árabe.
No Iraque, de 1 de Abril para cá, os números são estes, 70 baixas norte americanas e 10 vezes mais rebeldes. Cidadãos estrangeiros sequestrados são, 7 Chineses , 3 Japoneses, 2 Checos, 1 Americano, 1 Canadiano, 1 Israelita Árabe.
RUSSOS EM MARTE EM 2009
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Longe do combate politico-ideológico agora é a vez da luta comercial, este interesse impulsiona a conquista do espaço.
A Rússia irá colocar 6 cosmonautas em Marte em 2009. Um 2009 um tanto a descambar para 2013/14. Alguns aspectos de interesse são, o facto da nave ser construída no espaço, a viagem durar 3 anos, na nave constar espaço de lazer e zonas verdes para ultrapassar a tensão psicológica provocada pelo isolamento, e custar 5000 milhões de US Dólares (a fonte).
Longe do combate politico-ideológico agora é a vez da luta comercial, este interesse impulsiona a conquista do espaço.
A Rússia irá colocar 6 cosmonautas em Marte em 2009. Um 2009 um tanto a descambar para 2013/14. Alguns aspectos de interesse são, o facto da nave ser construída no espaço, a viagem durar 3 anos, na nave constar espaço de lazer e zonas verdes para ultrapassar a tensão psicológica provocada pelo isolamento, e custar 5000 milhões de US Dólares (a fonte).
12 DE ABRIL DE 1961 – “A TERRA É AZUL”
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Em menos de um mês estou a prestar homenagem à mesma pessoa: Yuri Gagarin. Desta vez para celebrar a sua efeméride, o primeiro voo tripulado no espaço.
«Gagarin, filho de pessoas simples, trabalhadores em um kolkhoze, nascido em 09 de março de 1934, na pequena Gzhatsk, quando terminou os oito anos de escola secundária, matriculou-se numa escola de aprendizagem técnica, onde tornou-se fundidor de aço, frequentando depois o clube aéreo, e entrando finalmente para a escola de aviação. Ao ouvir, em outubro de 1957 a notícia sobre o lançamento pela União Soviética do primeiro satélite artificial da Terra, o jovem cadete da escola de aviação pensou nos futuros voos cósmicos do homem e sentiu-se atraído pela idéia de tornar-se um cosmonauta. Quando a União Soviética lançou o terceiro satélite artificial, Gagarin "compreendeu", como disse ele próprio, que não podia adiar mais o seu sonho, e enviou um pedido para ser incluído num grupo de cosmonautas. "Pensei que já era tempo de me engajar num grupo desses. Não me enganei. Convidaram-me para uma comissão médica." Iuri não teve muita esperança, pois muitos pilotos já haviam sido recusados por causa da saúde. "Não era alto nem forte”, recordava Gagarin. E havia homens muito fortes e altíssimos no grupo de pretendentes. “Não podia fazer-lhes concorrência", pensou. Não podia adivinhar que a altura também havia de desempenhar o seu papel. Uma das praças de Moscou tem uma maquete do primeiro aparelho de descida, junto ao monumento ao primeiro cosmonauta da Terra: é uma esfera de apenas 2,4 m de diâmetro que devia acomodar, além do cosmonauta, muitas outras coisas para o piloto poder fazer o seu vôo.(...)
Agora sim, os soviéticos estavam prontos para presentear o mundo com aquele que seria o maior acontecimento científico da história da humanidade. Às 8 horas do dia 12 de abril de 1961, a temperatura do cosmódromo de Tyuratan, em Baikonur, marcava 40 graus negativos, quando o major de rosto sorridente foi atendido pelo médico da base espacial soviética. Seu nome: Iuri Alexeievich Gagarin. Idade: 27 anos. Piloto militar soviético, casado com Valentina e pai de duas filhas: Yelena de um ano e Galia, com 4 semanas de idade. Altura: 1,60 m. Peso: 64 kg. Nacionalidade: russa. A "vaznia sluzba" (missão importante), ele faria dentro de poucas horas. Duas horas antes do lançamento, Gagarin aproximou-se da torre de serviço ao lado do enorme foguete, a Vostok I (Oriente), vestindo um uniforme vermelho e capacete branco. Depois de saudar alguns amigos, subiu pelo elevador até o topo da Vostok, 40 m acima, acomodando-se na esférica cabine, de 2,4 m de diâmetro e 4,7 toneladas.
(...) Às 9 horas de Moscou, o oxigênio líquido havia enchido o tanque principal da Vostok. Dentro da pequena cabine, uma câmara de televisão transmitia para o mundo o rosto sereno e concentrado do jovem russo. Gagarin estava pronto. Às 9horas e 7minutos de Moscou, os motores despertavam, e a Vostok subia aos céus, carregando Gagarin consigo. Quando atigiu 17 km de altura, a poderosa nave russa começou a inclinar-se em direção ao nordeste, e neste momento Gagarin olhou através de uma das janelas da cabine e disse a história frase: "Eu vejo a terra, ela é azul". Nunca nenhum homem tinha observado a Terra de tão alto. Depois de 5 minutos, o último estágio do foguete colocou a Vostok em órbita, a uma velocidade de 28.800 km/h. Como uma pedra girando amarrada a um barbante, a força centrífuga exercida sobre a Vostok para fora da Terra contrabalançava exatamente a atração gravitacional exercida sobre a nave para dentro da Terra, alcançando distância mínima de 190 km e máxima de 344 km, fazendo uma volta na Terra em 89 minutos e 10 segundos.(...)
(...)Depois de 108 minutos em órbita, Gagarin desceu tranquilamente para a Terra, perto da aldeia de Smelovka, Saratov, em local descrito como "área prevista", tendo percorrido 40.868,6 km. Depois do pouso, Gagarin solicitou que a agência soviética Tass transmitisse uma mensagem para o Partido Comunista, o governo soviético e o presidente Nikita Kruschev: "O pouso foi normal. Estou me sentindo bem e não estou machucado."(...)
(…) Iuri Gagarin morreu num acidente aéreo em 27 de março de 1968, durante um vôo de treino num MIG-15.»
Autor: Fábio Rossano Dario
Pisa - Italia
Texto Completo nesta ligação.
Em menos de um mês estou a prestar homenagem à mesma pessoa: Yuri Gagarin. Desta vez para celebrar a sua efeméride, o primeiro voo tripulado no espaço.
«Gagarin, filho de pessoas simples, trabalhadores em um kolkhoze, nascido em 09 de março de 1934, na pequena Gzhatsk, quando terminou os oito anos de escola secundária, matriculou-se numa escola de aprendizagem técnica, onde tornou-se fundidor de aço, frequentando depois o clube aéreo, e entrando finalmente para a escola de aviação. Ao ouvir, em outubro de 1957 a notícia sobre o lançamento pela União Soviética do primeiro satélite artificial da Terra, o jovem cadete da escola de aviação pensou nos futuros voos cósmicos do homem e sentiu-se atraído pela idéia de tornar-se um cosmonauta. Quando a União Soviética lançou o terceiro satélite artificial, Gagarin "compreendeu", como disse ele próprio, que não podia adiar mais o seu sonho, e enviou um pedido para ser incluído num grupo de cosmonautas. "Pensei que já era tempo de me engajar num grupo desses. Não me enganei. Convidaram-me para uma comissão médica." Iuri não teve muita esperança, pois muitos pilotos já haviam sido recusados por causa da saúde. "Não era alto nem forte”, recordava Gagarin. E havia homens muito fortes e altíssimos no grupo de pretendentes. “Não podia fazer-lhes concorrência", pensou. Não podia adivinhar que a altura também havia de desempenhar o seu papel. Uma das praças de Moscou tem uma maquete do primeiro aparelho de descida, junto ao monumento ao primeiro cosmonauta da Terra: é uma esfera de apenas 2,4 m de diâmetro que devia acomodar, além do cosmonauta, muitas outras coisas para o piloto poder fazer o seu vôo.(...)
Agora sim, os soviéticos estavam prontos para presentear o mundo com aquele que seria o maior acontecimento científico da história da humanidade. Às 8 horas do dia 12 de abril de 1961, a temperatura do cosmódromo de Tyuratan, em Baikonur, marcava 40 graus negativos, quando o major de rosto sorridente foi atendido pelo médico da base espacial soviética. Seu nome: Iuri Alexeievich Gagarin. Idade: 27 anos. Piloto militar soviético, casado com Valentina e pai de duas filhas: Yelena de um ano e Galia, com 4 semanas de idade. Altura: 1,60 m. Peso: 64 kg. Nacionalidade: russa. A "vaznia sluzba" (missão importante), ele faria dentro de poucas horas. Duas horas antes do lançamento, Gagarin aproximou-se da torre de serviço ao lado do enorme foguete, a Vostok I (Oriente), vestindo um uniforme vermelho e capacete branco. Depois de saudar alguns amigos, subiu pelo elevador até o topo da Vostok, 40 m acima, acomodando-se na esférica cabine, de 2,4 m de diâmetro e 4,7 toneladas.
(...) Às 9 horas de Moscou, o oxigênio líquido havia enchido o tanque principal da Vostok. Dentro da pequena cabine, uma câmara de televisão transmitia para o mundo o rosto sereno e concentrado do jovem russo. Gagarin estava pronto. Às 9horas e 7minutos de Moscou, os motores despertavam, e a Vostok subia aos céus, carregando Gagarin consigo. Quando atigiu 17 km de altura, a poderosa nave russa começou a inclinar-se em direção ao nordeste, e neste momento Gagarin olhou através de uma das janelas da cabine e disse a história frase: "Eu vejo a terra, ela é azul". Nunca nenhum homem tinha observado a Terra de tão alto. Depois de 5 minutos, o último estágio do foguete colocou a Vostok em órbita, a uma velocidade de 28.800 km/h. Como uma pedra girando amarrada a um barbante, a força centrífuga exercida sobre a Vostok para fora da Terra contrabalançava exatamente a atração gravitacional exercida sobre a nave para dentro da Terra, alcançando distância mínima de 190 km e máxima de 344 km, fazendo uma volta na Terra em 89 minutos e 10 segundos.(...)
(...)Depois de 108 minutos em órbita, Gagarin desceu tranquilamente para a Terra, perto da aldeia de Smelovka, Saratov, em local descrito como "área prevista", tendo percorrido 40.868,6 km. Depois do pouso, Gagarin solicitou que a agência soviética Tass transmitisse uma mensagem para o Partido Comunista, o governo soviético e o presidente Nikita Kruschev: "O pouso foi normal. Estou me sentindo bem e não estou machucado."(...)
(…) Iuri Gagarin morreu num acidente aéreo em 27 de março de 1968, durante um vôo de treino num MIG-15.»
Autor: Fábio Rossano Dario
Pisa - Italia
Texto Completo nesta ligação.
sexta-feira, abril 09, 2004
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY (3) – HUGO PRATT
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A biografia do escritor está disponível na obra de Hugo Pratt “O ultimo voo”.
A biografia do escritor está disponível na obra de Hugo Pratt “O ultimo voo”.
CINCO RAZÕES PARA SE GOSTAR DA PÁSCOA
PATTI SMITH – EASTER (ARISTA 1978)
De regresso de uma pausa forçada devido a uma queda em palco, Patti Smith consegue com este seu terceiro álbum o seu maior sucesso comercial de sempre depois do seu relativo fracasso em “Radio Ethiopia”. Produzido por Jimmy Lovine este disco tem no single “Because The Night”, um original de Bruce Springsteen, um dos seus melhores momentos e que esteve no Top 20 cerca de cinco meses. Não sendo o seu melhor trabalho, é um bom disco pleno de garra e onde o espírito Punk de Smith está bem presente, como no tema “Rock n Roll Nigger”, anos mais tarde incluído na banda sonora do filme “Assassinos Natos”.
PETER GABRIEL – PASSION (REAL WORLD 1989)
Feito para ser a banda sonora do filme “A Última Tentação de Cristo” de Martin Scorsese este disco reflecte uma viragem de Gabriel em direcção à música do mundo. Indissociável da carga dramática da película, Peter Gabriel oferece-nos com este trabalho uma palete de sons e ambiências sonoras verdadeiramente luxuriantes fruto de recolhas feitas na Turquia, Senegal e Egipto. Profundo e comovente é também o primeiro disco da sua editora Real World que tem feito uma excelente divulgação de músicos desta aldeia global a que chamamos Terra.
ANTONIO CALDARA – MADDALENA AI PIEDI DI CRISTO (HARMONIA MUNDI 1995)
Obra-prima do barroco Veneziano, este Oratório de 1700 de Caldara atinge tamanho grau de intensidade dramática e beleza que palavras minhas poderão jamais descrever. Comprei-o há uns anos e foi através dele que descobri a voz de Andreas Scholl, talvez o mais aclamado Contra-Tenor da actualidade aqui dirigido por René Jacobs e com um elenco verdadeiramente excepcional num registo que arrebatou a imprensa especializada. Um dos discos que me fez gostar de música clássica.
J.S. BACH – MATTHÄUS PASSION (TELDEC 1970)
Não se sabe ao certo quantas Paixões escreveu Bach mas só duas chegaram até nós. A segunda Paixão de Bach data de 1729 e é musicalmente mais rica e arrebatadora do que a de S.João. Eram interpretadas normalmente na Sexta-Feira santa e contavam a história da Crucificação de Cristo segundo os Evangelhos. Interpretação com instrumentos originais (da época) do Concentus Musicus Wien dirigida por Harnoncourt.
G.B. PERGOLESI – STABAT MATER (HARMONIA MUNDI 1983)
Deixei para o fim aquele que é o meu disco de música clássica favorito. Este foi o disco que me fez aprofundar o meu conhecimento sobre Música Clássica e mais especificamente sobre este estilo particular de música sacra. Trata-se de uma peça para Soprano, Contralto, Cordas e Órgão de uma enorme beleza. Esta versão da Harmonia Mundi foi a minha primeira escolha (tenho mais três) e nela destaco a interpretação de um rapaz soprano, Sebastian Hennig e de Réne Jacobs como Contra-Tenor. Divino.
ANTOINE SAINT-EXUPÉRY (2) – OBRA UNIVERSAL
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A propósito encontrei este texto algures na web mas já não sei de onde veio. Por isso o autor que se queixe.
«O Principezinho - Nós gostamos, e vocês??
"Le Petit Prince" de Antoine de Saint-Exupéry é uma obra intemporal – aos sete anos é infantil , aos quinze é romântico, e a partir dos vinte é um autêntico compêndio da arte de voar através do sonho.
Nesta obra encontramos a criança que todos somos e a maturidade de que todos precisamos.
O Princepezinho ensina-nos ou lembra-nos como se ama, como se cativa, como se vê o invisível, tal como ele diz, «como se vê com o coração».
O Pequeno príncipe será sempre uma referência na literatura do nosso tempo e bom seria que durante toda a nossa vida um princepezinho nos lembrasse ao ouvido que "...o essencial é invisível aos olhos..."».
A propósito encontrei este texto algures na web mas já não sei de onde veio. Por isso o autor que se queixe.
«O Principezinho - Nós gostamos, e vocês??
"Le Petit Prince" de Antoine de Saint-Exupéry é uma obra intemporal – aos sete anos é infantil , aos quinze é romântico, e a partir dos vinte é um autêntico compêndio da arte de voar através do sonho.
Nesta obra encontramos a criança que todos somos e a maturidade de que todos precisamos.
O Princepezinho ensina-nos ou lembra-nos como se ama, como se cativa, como se vê o invisível, tal como ele diz, «como se vê com o coração».
O Pequeno príncipe será sempre uma referência na literatura do nosso tempo e bom seria que durante toda a nossa vida um princepezinho nos lembrasse ao ouvido que "...o essencial é invisível aos olhos..."».
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